Marcelo dos Santos Soares foi preso preventivamente no sábado (18) após descumprir uma medida protetiva. Ele é suspeito de perseguir e ameaçar a ex-esposa há quatro anos, enviando fotos de mulheres mortas para intimidá-la.
Segundo o Tribunal de Justiça, no último dia 7 de maio, o suspeito estava na mesma fila do supermercado que a ex-companheira, observando-a em atitude suspeita, mesmo com o distanciamento mínimo. Ele já havia violado a medida anteriormente.
“O agressor não permitirá que a vítima tenha um cotidiano pacífico e digno se medidas mais drásticas não forem adotadas. Ademais, considerando que houve o descumprimento das medidas protetivas de urgência anteriormente fixadas, há de se decretar a prisão preventiva para resguardar a integridade física e psíquica da vítima e para garantia da ordem pública”, afirmou o desembargador Sebastião Ribeiro Martins, ao justificar a ordem judicial.
A vítima, que preferiu não se identificar, relatou que se divorciou do suspeito em agosto de 2020 e, desde então, vem sendo perseguida. Ela contou que recebia diversas ameaças, incluindo fotos de mulheres mortas e mensagens de números desconhecidos informando que sua morte havia sido encomendada.
“Me calei esse tempo todo… sofrendo calada. Tentei esconder isso de todas as formas, achando que ele iria me deixar em paz. Um alívio saber que ele está preso”, desabafou a vítima.
Além das ameaças e perseguições, que ocorriam também em locais públicos, a vítima disse que ao longo dos quatro anos, o suspeito fez dívidas financeiras em seu nome.
Pedido de soltura negado
A defesa do suspeito entrou com três pedidos de habeas corpus, contudo, o pedido foi negado pelo desembargador Sebastião Martins.
“A insistência do paciente em se aproximar da vítima, voltando a delinquir por descumprimento de medida protetiva, mesmo depois de já condenado por este delito em razão de outros fatos, contra a mesma vítima, justifica o fundado receio de que, solto, volte a delinquir” frisou o desembargador.
Marcelo se encontra preso na Cadeia Pública de Altos, onde aguardará julgamento.
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