"Todos os casos de dengue são preocupantes", alerta médico infectologista

Somente em Teresina, capital piauiense, são mais de 2 mil casos confirmados. 

Médico Walfrido Salmito (foto: TV Clube)

“Todos os casos de dengue são preocupantes, mas a gente sabe que em alguns pacientes as formas mais graves podem aparecer e precisar de internação”, alerta o diretor de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS), o médico infectologista Walfrido Salmito.

O médico reforça que as pessoas com a doença, principalmente as que estão com febre ou apresentaram este sintoma, precisam se manter hidratadas para evitar casos mais graves.

Qualquer sinal de gravidade nos sintomas, a pessoa precisa buscar imediatamente por atendimento médico de urgência. Os sintomas mais comuns são: febre alta e prolongada; dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor moderada nas articulações; manchas e coceira no final dos sintomas. 

“As pessoas que estão com o quadro febril ou mesmo que estão saindo do quadro febril, passando dos primeiros dias de febre, façam uma hidratação rigorosa, tomar muito líquido, para evitar formas mais severas da doença”, explica.

Os dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) registram mais de 9.660 casos de dengue. Até a segunda-feira (20), três óbitos estavam em investigação.

Em Teresina, conforme o painel da Fundação Municipal de Saúde (FMS), duas pessoas, residentes em Teresina, morreram por causa dessa enfermidade. Somente na capital piauiense, são mais de 3.488 mil casos notificados. Desses, 2.420 foram confirmados. Quatorze pessoas evoluíram para caso grave.

Mãe e filho morreram vítimas da dengue (Foto: arquivo pessoal)

MÃE E FILHO MORRERAM

As duas mortes confirmadas em Teresina são de mãe e filho. A médica pediatra Laysa lira, morreu na manhã de segunda-feira (20), com sintomas da dengue e foi sepultada em um cemitério particular na zona Sudeste de Teresina.

O filho da médica, o Rafael Lira, de apenas 5 anos, morreu em decorrência da doença 13 dias antes da mãe falecer. Rafael foi a primeira morte em criança confirmada na capital piauiense.

Casa abandonada coberta por mato em Teresina (Foto: TV Clube)

A DOENÇA

O transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, que é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas, e asas translúcidas.

Moradores relatam que as casas abandonadas pela cidade ajudam na proliferação do mosquito. A preocupação também são com as hortas comunitárias desativadas.

“A gente quer que a dona ou dono da casa tomem as suas devidas providências, como limpeza. Ou a própria prefeitura tomar outras decisões”, comenta o vigilante Juscelino da Silva.

Já o servidor público Emanoel Ribeiro relata que todos da vizinhança precisam cuidar do ambiente para evitar casos da doença, como manter a limpeza e eliminar possíveis focos de reprodução do mosquito. “Não adianta ter este cuidado em casa se do lado o vizinho está totalmente às traças, jogado”.

Francisca Maria Rogéria, servidora pública, já foi infectada pelo mosquito e precisou tratar os sintomas. “Eu peguei dengue duas vezes. No período que eu tive, foi a família toda.

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