22 de agosto de 2025

Corpo de músico morto durante perseguição policial não tinha marcas de tiros, diz IML

Carlienne Carpaso

Editora
Publicado em 30/05/2024 21:35

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IML – foto: Carlienne Carpaso/Portal ClubeNews

Atualizada às 19h

O Instituto de Medicina Legal (IML) não identificou marcas de tiros por arma de fogo no corpo do músico Carlos Henrique, morto na madrugada desta quinta-feira (30) em Teresina (PI), durante uma perseguição policial envolvendo criminosos, que não estavam com a vítima, e policiais militares.

A perícia também não localizou perfurações de tiro no carro ocupado por Carlos, que voltava para casa depois de um show em um veículo por aplicativo. O carro entrou no cenário da perseguição e colidiu no veículo dos criminosos que fugiam dos policiais.

A informação inicial era de que o músico foi morto com um tiro na cabeça. No entanto, o IML apontou morte “por ação contundente”, provocado por algum trauma.  Não há informações de qual instrumento teria provocado a lesão na vítima.

Segundo o diretor do IML, Antônio Nunes, as perícias foram concluídas: no local do crime e no corpo. No IML: “não havia ferimentos por projéteis de arma de fogo no corpo nem marcas destes no veículo. Morte por ação contundente”. O laudo também apontou politraumatismo. A perícia de trânsito no local pelo perito criminal Eudir.

CENÁRIO 

Carlos morreu em um cenário de perseguição policial entre a Polícia Militar e alguns criminosos em Teresina (PI).

A família do músico afirma que o músico retornava de um show, passageiro de um motorista de carro por aplicativo, quando o veículo foi surpreendido por um tiroteio.

Portal ClubeNews apurou que o músico estava no veículo por aplicativo, que foi atingido por outro carro, modelo Suv, que estaria sendo dirigido por bandidos e que fugiam da viatura da Polícia Militar, no cruzamento entre as avenidas Presidente Kennedy e Dom Severino, zona Leste de Teresina.

O músico Carlos estava no carro branco e os suspeitos no outro veículo (Foto: reprodução)

A primeira informação, inclusive confirmada pela família, era de que Carlos foi baleado na cabeça por disparo de arma de fogo, disparado por policiais militares durante a investigação.

O QUE DIZ A FAMÍLIA

“Era cidadão e vítima. Nunca se envolveu no mundo do crime e só estava voltando do trabalho para casa”. A declaração é da Thalia Cristina, esposa do músico Carlos Henrique.

A esposa relatou à TV Clube que Carlos “foi vítima de tiros efetuados pela polícia, pois correu com medo dos disparos”. Em nota, a Corregedoria da Polícia Militar afirmou que o caso será apurado (leia ao final da matéria).

HOMENAGEM

Carlos integrava a banda do Júnior Masca, que publicou uma homenagem nas redes sociais. O cantor destacou que Carlos era um amigo, de coração grandioso; uma pessoa boa, atencioso e prestativo.

“Essa jamais era a postagem que eu queria fazer e nada que eu diga vai te trazer de volta. Ninguém entende os planos d’Ele. Deus está com você, no melhor lugar possível, longe dessa crueldade em que vivemos”.

 

NOTA POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ

A Polícia Militar do Piauí, por meio do Comando de Policiamento Metropolitano e da Corregedoria, informa que está acompanhando e apurando todos os fatos acerca da ocorrência policial na noite de ontem, 29 de maio, que resultou na morte de um civil, a fim de esclarecer as responsabilidades e adotar todas as medidas cabíveis.


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