22 de agosto de 2025

Caso Músico: PM perseguia suspeitos de furtar fios quando acidente aconteceu em Teresina

Redação

Publicado em 31/05/2024 11:50

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O músico Carlos estava no carro branco e os suspeitos no outro veículo (Foto: reprodução)

O coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa Baretta, informou que, conforme relato da Polícia Militar do Piauí, os homens perseguidos pelos policiais militares e envolvidos no acidente do músico Carlos Henrique eram suspeitos de furtar fios de telefonia em Teresina (PI).

Carlos Henrique morreu, na madrugada de quinta-feira (30), durante uma perseguição policial envolvendo criminosos, que não estavam com a vítima, e policiais militares, na zona Leste de Teresina. O carro em que ele estava colidiu no dos criminosos perseguidos pelos policiais militares. Ele morreu no local.

Baretta comentou que no veículo ocupado pelos suspeitos foram encontrados pedaços de fios porque, segundo consta nos relatos, “esses indivíduos estavam subtraindo fios elétricos, de telefonia, aqui de Teresina”.

“A Polícia Militar já tinha recebido essa informação que indivíduos com essas características estavam praticando esse delito. Portanto, passaram a perseguir eles desde a Zona Norte de Teresina. Inclusive com sinais sonoros e eles desobedecendo. Enfim, terminou nessa tragédia em que morreu esse rapaz”.

AGUARDA LAUDO 

Baretta relatou que aguarda o laudo pericial do corpo do músico Carlos Henrique para concluir se houve ou não um assassinato.

“Recebemos oficiosas informações que a vítima não teria sofrido disparo de arma de fogo. A causa da morte teria sido em decorrência do acidente. Nós estamos aguardando o laudo pericial porque não temos em mãos. Vamos aguardar porque temos cautela na investigação”, disse.

O delegado confirmou que a investigação vai analisar os depoimentos que os policiais militares prestaram na Central de Flagrantes. O motorista de aplicativo que levava o músico também terá o depoimento analisado pelo DHPP.

“Verificar se há toda a ‘condizência’ na dinâmica do fato em si ou se há a necessidade de reinquirição ou não. E também a definição da causa da morte com a natureza jurídica. A partir daí, nós vamos decidir se o caso permanece no DHPP ou para delegacia de acidente de Trânsito de Teresina ou outra unidade especializada”, pontuou.

SEM MARCAS DE TIROS 

O Instituto de Medicina Legal (IML) não identificou marcas de tiros por arma de fogo no corpo do músico Carlos Henrique. A perícia também não localizou perfurações de tiro no carro ocupado por Carlos, que voltava para casa depois de um show em um veículo por aplicativo. O carro entrou no cenário da perseguição e colidiu no veículo dos criminosos que fugiam dos policiais.

MORTO APÓS COLISÃO ENTRE CARROS 

Após descartar morte por tiros, a principal suspeita é de que o músico faleceu em decorrência do acidente envolvendo o carro em que a vítima estava e o veículo ocupado pelos criminosos perseguidos pelos policiais militares. O laudo do IML apontou morte por politraumatismo e ação contundente.

Portal ClubeNews apurou que o músico estava no veículo por aplicativo, que foi atingido por outro carro, modelo Suv, que estaria sendo dirigido por bandidos e que fugiam da viatura da Polícia Militar, no cruzamento entre as avenidas Presidente Kennedy e Dom Severino, zona Leste de Teresina.

FAMÍLIA

A primeira informação, inclusive confirmada pela família, era de que Carlos foi baleado na cabeça por disparo de arma de fogo, disparado por policiais militares durante a perseguição ao carro dos bandidos.

“Era cidadão e vítima. Nunca se envolveu no mundo do crime e só estava voltando do trabalho para casa”. A declaração é da Thalia Cristina, esposa do músico Carlos Henrique.

A esposa relatou à TV Clube que Carlos “foi vítima de tiros efetuados pela polícia, pois correu com medo dos disparos”. Em nota, a Corregedoria da Polícia Militar afirmou que o caso será apurado (leia ao final da matéria).

NOTA POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ

A Polícia Militar do Piauí, por meio do Comando de Policiamento Metropolitano e da Corregedoria, informa que está acompanhando e apurando todos os fatos acerca da ocorrência policial na noite de 29 de maio, que resultou na morte de um civil, a fim de esclarecer as responsabilidades e adotar todas as medidas cabíveis.


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