Micro e pequenas empresas são as maiores empregadoras do Piauí, com 83% das vagas formais

Setor de serviços foi o que mais gerou oportunidades com 35,7% do volume de empregos no período

 

Carlienne Carpaso e Lucy Brandão
carliene@tvclube.com.br

O sonho de abrir o próprio negócio foi a motivação para o casal Liara e Fábio começar a empreender, há oito anos, na área de beleza e do bem-estar. A pequena esmalteria cresceu e virou um grande salão de beleza em Teresina, gerando dois empregos formais, além de ser fonte de renda para outros 12 prestadores de serviço e 20 fornecedores.

“Em um futuro próximo, temos a visão de continuarmos sendo referência nos serviços prestados, além de abrir novas filiais, gerando mais emprego e renda; e assim continuar abençoando mais famílias através do trabalho”, destaca Liara.

Liara e Fábio (Foto: arquivo pessoal)

O salão do casal é um dos muitos pequenos negócios responsáveis por gerar a maior parte dos empregos com carteira assinada no Piauí. “Há quase 8 anos oferecemos bem-estar, tratamento humanizado e qualidade na prestação de serviço aos nossos clientes”, diz Fábio

Segundo levantamento do Sebrae, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho, as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) foram responsáveis por quase 83% das vagas formais no Piauí, entre janeiro e março de 2024. No período foram registrados 4.009 empregos no estado, dentre os quais 3.327 foram criados por MPEs.

Analista de negócios do Sebrae, Ismael Bastos, comenta que “esse resultado do Piauí é maior que a média nacional. As micro e pequenas empresas são muito importantes tanto para o Sebrae quanto para a economia do país e do estado piauiense.

“O Sebrae está sempre atento às necessidades dos empreendedores para capacitar ainda mais esse público e para que ele consiga crescer, controlar seus custos, utilizar plataformas digitais para atender mais pessoas e, obviamente, crescendo esse empresário vai precisar contratar mais gente”, reforça.

Analista de negócios do Sebrae, Ismael Bastos (Foto: arquivo pessoal/LinkedIn)

Para a economista Fátima Ribeiro, as micro e pequenas empresas têm um papel significativo na economia e representam cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

“Os pequenos negócios são a porta de entrada para o mundo do empreendedorismo. Isso acontece porque o risco financeiro é menor, há possibilidade de aprendizado prático e facilidade da abertura, requer investimento inicial menor e os proprietários têm mais controle sobre as operações e decisões”.

Entre os setores que mais criaram oportunidades formais, serviços aparecem em primeiro lugar, com 1.431 vagas entre janeiro e março deste ano – correspondente a 35,7% do volume de empregos no período.

Eldinan Castro com a equipe (Foto: arquivo pessoal)

O restaurante da Gardênia Mesquita e do Eldinan Castro contribui para a estatística, gerando oito empregos atualmente. A microempresa, que já tem cinco anos, começou com incentivo de amigos para que a chef Gardênia investisse em um local que valorizasse a culinária típica regional.

Com as receitas que aprendeu com a mãe e a avó, ela conquistou o paladar dos teresinenses e hoje é conhecida em todo o Piauí depois da participação no reality empresarial Impulso 2023, da Rede Clube, afiliada Globo no estado, em parceria com o Sebrae.

“Quando falamos de pequenos fornecedores e prestadores de serviço, contribuímos para a renda de outras 12 famílias, incluindo entregadores, diaristas, trabalhadores da horta comunitária do bairro, pequenos criadores de carneiro e galinha, é toda uma cadeia beneficiada direta ou indiretamente com nosso negócio”, afirma Gardênia.

Micro e pequenas empresas de outros setores como comércio (1.130 vagas), construção (261), indústria (231), agropecuária (153) e extração mineral (116) também contribuíram para geração de vagas de emprego formal no acumulado de janeiro a março de 2024.

“Empreender é identificar uma oportunidade. E no Sebrae estamos sempre prontos para orientar o empreendedor com consultorias gratuitas, oficinas, cursos e ferramentas de gestão para dar sustentabilidade e ajudar a se manter vivo ao longo do tempo”, conclui Ismael Bastos, analista de negócios do Sebrae.


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