O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) afirmou que o músico Carlos Henrique de Araújo Rocha deu entrada no hospital, na madrugada do dia 30 de maio de 2024, segundo relato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com uma perfuração de arma de fogo na região da cabeça.
No entanto, o músico morreu antes da equipe médica do HUT conseguir estabilizar o paciente e realizar exames por imagem para confirmar a perfuração por disparo na cabeça.
“Carlos Henrique deu entrada no HUT por volta das 03h da manhã, via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ao chegar, ele foi prontamente recebido na sala de Trauma devido à gravidade de sua condição. Segundo a equipe do Samu que prestou o socorro inicial, o paciente havia sofrido uma perfuração de arma de fogo na região da cabeça”, diz trecho da nota, que pode ser lida na íntegra ao final da matéria.
A nota de esclarecimento do HUT só foi divulgada nesta segunda-feira (3), quatro dias depois da morte, após o Instituto de Medicina Legal informar que o músico morreu em decorrência de um acidente de trânsito durante uma perseguição policial na zona Leste de Teresina.
Os policiais perseguiam um veículo ocupado por criminosos suspeitos de furtar fios de uma empresa de telefonia. Durante a perseguição, o carro dos bandidos colidiram com o ocupado pelo músico, que retornava de um show com um motorista por aplicativo.
Conforme o IML, o músico morreu de politraumatismo e “por ação contundente”, não tinha marcas de tiros no corpo. A família contesta esta versão.
FAMÍLIA CONTESTA LAUDO DO IML
Os familiares do músico Carlos Henrique prestaram depoimento no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e afirmaram que têm provas concreta de que ele foi morto por um disparo de arma de fogo vindo dos policiais militares. Os familiares estavam acompanhados de dois advogados.
Alessandra Araújo, mãe da vítima, informou que viu o corpo do filho no HUT na madrugada do acidente, onde o médico de plantão teria informado a causa da morte.
“O médico que atendeu meu filho morto no HUT mentiu para mim? Que sou mãe? Quando eu saí da minha casa, que foram me pegar, eu achava, até então, que era um acidente, como os amigos me disseram. Quando eu chego ‘doutor, me diga realmente qual foi o acidente do meu filho’, e ele respondeu: ‘mãezinha, seu filho alvejado com um tiro de arma de fogo’. Respondi: ‘doutor, pelo amor de Deus, me diga onde foi esse tiro do meu filho’; e ele falou ‘na cabeça’. Esse médico está mentindo, então?”, disse a mãe.
VEJA NOTA DO HUT NA ÍNTEGRA
O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) vem a público esclarecer os fatos relacionados ao atendimento prestado ao paciente Carlos Henrique de Araújo Rocha, músico que deu entrada no hospital na madrugada de 30 de maio e que veio a óbito poucas horas depois.
Carlos Henrique deu entrada no HUT por volta das 03h da manhã, via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ao chegar, ele foi prontamente recebido na sala de Trauma devido à gravidade de sua condição. Segundo a equipe do Samu que prestou o socorro inicial, o paciente havia sofrido uma perfuração de arma de fogo na região da cabeça.
Com base nessas informações, a equipe médica do HUT iniciou imediatamente o atendimento e os procedimentos necessários para a estabilização do paciente. Dada a gravidade do caso, foram solicitados exames de imagem, incluindo uma tomografia do crânio, com o intuito de determinar a melhor conduta médica para o seu tratamento.
Para a realização dos exames com segurança, é necessário que o paciente esteja em condição estável. Apesar dos esforços incansáveis da equipe médica, o paciente Carlos Henrique de Araújo Rocha veio a óbito antes de ser estabilizado.
O Hospital de Urgência de Teresina expressa suas mais profundas condolências à família e amigos do músico Carlos Henrique de Araújo Rocha neste momento de dor e reafirma o compromisso de prestar o melhor atendimento possível a todos os seus pacientes, sempre com o objetivo de salvar vidas e minimizar o sofrimento.
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