O Piauí é terceiro estado brasileiro em casos de Doença Falciforme

Em Teresina, durante todo o ano de 2023, a doença falciforme foi responsável por 284 internações hospitalares. FMS faz alerta para a doença que pode ser diagnosticada na infância

Teste do pezinho – Foto: Prefeitura de São Gonçalo

O Ministério da Saúde definiu o dia 19 de junho como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, que é considerada a enfermidade genética mais comum no Brasil, com expressiva mortalidade e morbidade.

Em alusão à data, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) faz um alerta à população sobre a condição, que pode ser detectada ainda na infância e acompanhada pelos serviços do SUS, garantindo uma melhoria na qualidade de vida aos seus portadores.

O Piauí é considerado o terceiro Estado do Brasil com maior incidência de casos (6,23/ 100 mil habitantes), atrás somente da Bahia (9,46 casos a cada 100 mil habitantes), e São Paulo (6,52 /100 mil habitantes). Em Teresina, durante todo o ano de 2023, a doença falciforme foi responsável por 284 internações hospitalares.

Conforme a infectologista da FMS, Amparo Salmito, a Falciforme é uma doença hereditária, que pode ser passada de pais para filhos. “Na maioria dos casos, os pais são portadores do gene sem apresentar a doença”, disseEla comentou ainda que entre os sintomas, estão anemia, pés e olhos amarelos, inchaço nos pés e mãos, episódios repentinos de dores intensas, infecções mais severas especialmente em crianças, entre outros.

O diagnóstico da doença falciforme é feito em todas as maternidades do município, por meio do teste do pezinho, que deve ser realizado entre o terceiro e quinto dia de vida. No caso de adultos, ela pode ser detectada por meio do exame chamado eletroforese de hemoglobina, também ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Amparo Salmito esclarece que o acompanhamento de casos mais simples é feito pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde serão encaminhados para os centros de especialidade conforme a idade – Hospital Lucídio Portela até os 16 anos e Hemopi acima dos 16. “Casos de dor intensa ou sintomas muito importantes devem buscar atendimento hospitalar”, orienta a médica.

Diagnóstico e tratamento

Nas UBS, a abordagem é iniciada desde as consultas de pré-natal, acompanhando o crescimento das crianças na puericultura, com orientações sobre a realização do teste do pezinho e fazendo a promoção da saúde para os pacientes diagnosticados com orientação de hábitos saudáveis, saúde bucal, atenção à saúde da mulher e do homem; além de verificar se o acompanhamento especializado de forma recorrente está sendo realizado e o uso correto das medicações diárias.

Amparo Salmito ressalta que o tratamento consiste em se manter muito bem hidratado, procurar atendimento médico se iniciar um quadro infeccioso e realizar acompanhamento especializado com hematologista de rotina. “O paciente não pode deixar de usar medicações para controle e prevenção de crises”, alerta.

 

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