O uso excessivo de telas por crianças pode resultar em dificuldades no processo de aprendizagem e impactar na socialização. Os dados são resultados da tese de doutorado do professor de Psicologia, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Thayro Carvalho.
Um levantamento feito pela Common Sense, em publicação na The New York Times, aponta um aumento de 17% no uso geral de telas por crianças e pré-adolescentes entre os anos de 2019 e 2021.
Entre os pré-adolescentes de 8 a 12 anos, o uso médio é de 5 horas e 33 minutos. Aproximadamente, 83% das crianças avaliadas inicia o uso de dispositivo de mídia no primeiro ano de vida.
“Isso interfere na socialização das crianças, no processo de aprendizagem e vai impactar em todos os setores da vida daquela criança. Elas ficam mais ansiosas, agitadas, agressivas e isso vai impactar em toda a vida dela. Eu acredito que o maior desafio dos pais hoje é criar usuários de mídias digitais saudáveis”, afirmou.
Nesse período de férias, o pesquisador alertou aos pais quanto à necessidade do uso supervisionado das telas por crianças e a criação de estratégias para entreter os filhos, com atividades lúdicas e leitura.
Para isso, segundo o Thayro Carvalho, a mudança de hábito deve partir do comportamento dos pais em casa.
“Os filhos tendem a reproduzir o comportamento dos pais. Se eu uso telas, indiscriminadamente, na frente do meu filho, ele vai entender que a tela é um produto bom e não vai querer brincar com os seus brinquedos, não vai querer ler. Ele internaliza que aquilo é bom e perde o interesse por atividades que poderiam gerar prazer”, pontuou.
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