2 de junho de 2025

Ataques de cães: especialista orienta sobre prevenção e cuidados

Andressa Lopes

Publicado em 19/07/2024 17:28

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Ataques de cães: especialista orienta sobre prevenção e cuidados/ Foto: Olexandr Andreiko

No último sábado (13), uma menina de três anos sofreu ferimentos na cabeça e no pescoço após ser atacada por um Pitbull enquanto estava sentada na calçada de sua casa, na cidade de Oeiras, no sul do estado. Já em março deste ano, em Teresina, uma criança de oito anos morreu após ser atacada por um cachorro da mesma raça.

O aumento de casos envolvendo ataques de animais tem gerado preocupação e questionamentos sobre o comportamento agressivo de alguns cães, e as medidas necessárias para prevenir possíveis incidentes.

Segundo o capitão Augusto César, bombeiro e especialista em cinotecnia, apesar da força e da agilidade de raças como o Pitbull, o comportamento agressivo não é uma característica intrínseca, mas sim um reflexo do ambiente e do tratamento que recebem.

“Desde filhotes, nós temos que socializar o cão, ou seja, fazer com que ele tenha contato com o ambiente que ele vai lidar no seu dia-a dia, tenha contato com crianças e adultos, isso ajuda a desenvolver um melhor equilíbrio emocional, físico e mental. Com essas atitudes a gente começa a mitigar e melhorar seu comportamento”, explica o especialista.

Entre as recomendações para tutores de cães de raças consideradas potencialmente agressivas, estão:

  • Socialização: Expor o cão a diversos ambientes, crianças e adultos para desenvolver equilíbrio emocional.
  • Uso de focinheiras: utilizar focinheiras ao passear em locais públicos para aumentar a segurança.
  • Boa alimentação: garantir uma dieta equilibrada para manter o animal saudável.
  • Atividades físicas regulares: proporcionar exercícios diários para reduzir o estresse.
  • Consultas veterinárias frequentes: realizar check-ups regulares para monitorar a saúde do animal.
  • Ambiente adequado: fornecer espaço suficiente para o cão se movimentar e brincar, além de abrigo contra sol e chuva.
  • Prevenção de fugas: assegurar que o cão não tenha oportunidades de escapar e causar danos.

O capitão ressalta que somente gostar de animal não é suficiente para se ter um cão; é responsabilidade do tutor garantir que o animal não tenha a oportunidade de escapar e causar danos.

“ A socialização e o adestramento desde cedo são fundamentais para que o animal conviva de maneira pacífica com outras pessoas e animais”, conclui o bombeiro.

Dicas para evitar ataques

Além dos cuidados do tutor, o especialista ressaltou algumas ações importantes para evitar um ataque, caso você esteja na presença do animal:

  • Não toque no cão: evite tocar em cães desconhecidos, pois não sabemos como eles podem reagir.
  • Evite movimentos bruscos: faça movimentos lentos e suaves ao interagir com o cão.
  • Converse com o tutor: pergunte ao tutor se o cão é agressivo antes de se aproximar.
  • Saia do local de forma branda: se o cão mostrar sinais de agressão, afaste-se lentamente sem fazer contato visual direto.

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