Médico alerta para os riscos no uso de remédios receitados pela internet

Outro alerta do especialista é a mistura de suplementos alimentares com remédios de uso contínuo.

médico cardiologista Marcelo Martins (Foto: TV Clube)

O médico cardiologista Marcelo Martins alerta para os risos de intoxicação após consumo de medicamentos e/ou suplementos receitados por pessoas não especializadas por meio da internet.

“Nós já tivemos casos de hepatite grave, pancreatite grave; intoxicações verdadeiras. Muitas vezes, a gente não consegue nem identificar exatamente que substância existe naquele suplemento”, diz o médico em entrevista ao Bom Dia Piauí. 

Marcelo comenta que ao questionar o paciente sobre quem receitou o produto, a “imensa maioria dos profissionais que prescreveram não são médicos ou são médicos sem registro qualificado no Conselho Regional de Medicina”, pontua.

Algumas das pessoas que receitam nem são da área médica. Além disso, muitos dos medicamentos receitados não possuem sequer registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“A gente precisa ter muito cuidado ao fazer uso de qualquer substância. A química do nosso organismo é um balanço muito delicado; a gente precisa ter muita responsabilidade de mexer nesta química”, acrescenta Marcelo.

Outro alerta do especialista é a mistura de suplementos alimentares com remédios de uso contínuo. Marcelo Martins cita o caso dos diabéticos: “é praticamente impossível saber como os suplementos vão interagir com os remédios que eles já usam”.

Martins recomenda que ao receber um “vídeo (pelas redes sociais) apontando medicamentos/suplementos com cura milagrosa”, desconsiderem o anúncio e busquem por um profissional qualificado e registrado em Conselhos.

“A gente não pode colocar a nossa saúde neste risco. Você recebeu um material via rede social e está em dúvida sobre a veracidade daquilo, procure por um profissional devidamente habilitado e esclareça as dúvidas”.

Na semana passada, o G1 São Paulo divulgou o caso no qual atores e atrizes interpretam médicos em produções roteirizadas para vender produtos que prometem resultados milagrosos na internet. Os produtos não têm registro na Anvisa. Isso repercutiu nacionalmente porque a propaganda não alertava aos internautas sobre ser uma encenação. As denúncias chegaram ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).

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