Tiro no olho que matou jovem de 19 anos não foi acidental, conclui laudo da perícia

Inquérito do crime foi concluído e Polícia Civil indiciou Dilberto Vieira pelos crimes de Homicidio com três qualificadoras, feminicídio, motivo torpe e sem chance de defesa, além de fraude processual, posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas

Maria Luiza foi assassinada dentro de quitinete em que morava na zona Norte (Foto: Montagem ClubeNews)

A perícia criminal da Polícia Civil comprovou que tiro que matou a jovem Maria Luíza da Silva Oliveira, de 19 anos, foi disparado a longa distância, descartando a hipótese de tiro acidental declarado pelo namorado da vítima, Dilberto Vieira, de 23 anos, principal suspeito do crime.

A jovem foi atingida no olho e o crime ocorreu no dia 15 de julho, dentro da quitinete em que casal morava há dois meses, na zona Norte de Teresina.

A delegada Nathalia Figueredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento Homicídio e Proteção à Pessoa – DHPP, informou que inquérito policial que investigava a morte da estudante foi finalizado nesta quarta-feira (24).

No depoimento, o namorado da jovem relatou que a vítima teria tentado se matar com um revólver calibre 38 que ele tinha em casa e na tentativa de tirar a arma da vítima, o disparo foi realizado de forma acidental.

“Foi realizado um laudo pericial complementar onde o médico legista atestou que o tiro foi realizado a longa distância. Não havia no corpo da vítima os efeitos secundários de um disparo de arma de fogo. O laudo apontou a questão de que se tivesse sido realizado o disparo na forma que o autor relatou, teria, por exemplo, chamuscamento na região do supercílio, até porque o disparo foi na região dos olhos da vítima e esse efeito não tinha”, explicou a responsável pela investigação.

Com a conclusão do inquérito, Dilberto Vieira foi indiciado pelo crime de homicídio com três qualificadoras, motivo torpe, sem chance de defesa e feminicídio, além dos crimes de fraude processual, tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.

“Indiciamos ele por homicídio com três qualificadoras,  motivo torpe e sem chance de defesa, até porque as testemunhas nos trouxeram que era uma relação abusiva, ele era extremamente ciumento, controlador, além da qualificadora do feminicídio.  Por colocar um contexto de possível tentativa de suicídio por parte da vítima, nós também o indiciamos por fraude processual. Também foi indiciado por tráfico de drogas, pois foram encontrados balanças de precisão e drogas na residência e pelo crime de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, embora arma não tenha sido localizada, mas o próprio autor relatou que a arma era de sua propriedade”, detalhou a delegada.

O indiciamento já foi encaminhado ao poder judiciário e está à disposição do Ministério Público para fim de denúncia. O suspeito está preso desde o dia 17 de julho.

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