Polícia divulga foto do piauiense suspeito de atacar mulheres em São Paulo; veja relato das vítimas

A Polícia Civil de São Paulo identificou o homem como Solirano de Araújo Sousa, de 48 anos, que está foragido.

“Maníaco da Mooca” – Piauiense Solirano de Araújo Sousa, de 48 anos (Foto: divulgação Polícia Civil de São Paulo)

A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária do piauiense flagrado agarrando mulheres no meio da rua na capital paulista. A Polícia Civil de São Paulo o identificou como Solirano de Araújo Sousa, de 48 anos, que está foragido.

Os ataques aconteceram no dia 13 de setembro de 2024. Pelo menos sete mulheres foram vítimas, com idades entre 11 e 34 anos. Todas reconheceram o homem, que está sendo chamado de “Maníaco da Mooca”.

O carro do assediador foi achado pela Polícia Civil de São Paulo na tarde de ontem (19) e estava abandonado. No veículo foram encontradas uma faca, uma chave de fenda e algumas roupas. Todos os itens e o carro serão periciados pela Polícia Técnico-Científica.

Um vídeo de uma câmera de segurança mostra Solirano em um estabelecimento comercial na última terça-feira (17). Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o suspeito já foi condenado à prisão por um roubo em 2000. Por esse crime, recebeu pena de 11 anos de prisão, mas deixou a cadeia em 2009.

VEJA RELATOS DAS VÍTIMAS

VÍTIMA 1 

Eu fui buscar meu irmão na sexta-feira (13). Era por volta de 5 horas e eu estava fazendo o meu caminho de sempre. Foi quando eu avistei um homem um pouco mais na minha frente e não achei nada suspeito. Quando desviei dele, ele entrou na minha frente e anunciou um assalto. Quando ele agarrou o meu braço e começou a repetir “se você gritar, eu vou te matar”.

Ele tentou me arrastar para o carro e abriu a porta. Eu tirei o celular do bolso do traseiro e falei “moço, toma o meu telefone, mas não faz nada comigo. Eu tenho que buscar meu irmão na escola”.

Ele não deu nenhum interesse nenhum no meu telefone, mas continuava tentando me colocar dentro do carro. Foi nessa hora que eu entrei em desespero porque eu vi que aquilo ali não era um assalto. Eu comecei a gritar por socorro.

Um moço, que estava estacionado ali do outro lado da rua, percebeu o que estava acontecendo e começou a buzinar. Eu corri, travessei a rua bem rápido e o cara (o maníaco) saiu com uma estranha tranquilidade.

Depois disso tudo, eu ainda fico muito medo de sair na rua. Mesmo com os meus pais, eu não me sinto segura na rua. É algo que na minha cabeça  fosse acontecer de novo. 

VÍTIMA 2

Eu estava em um ponto de ônibus para ir trabalhar. Ele chegou por trás e topou um negócio no meu braço e falou ‘entra dentro do carro’. Eu corri. Agora estou com muito medo. Não consigo sair sozinha, não consigo ir para nenhum lugar sozinha. Estou tomando remédio agora para dormir, porque não consigo dormir.

VÍTIMA 3

Eu estava andando normalmente na calçada quando passo na frente desse homem, que até então estava parado na calçada, encostado na parede. Eu passo na frente dele e ele já vem atrás de mim. Eu já sinto uma presença, ele já pega no meu braço com muita força. Tentou me colocar dentro desse veículo pela parte de trás.

Como eu vi que tinham pessoas em volta, pessoas próximas da situação, eu pedi socorro. Pedi ajuda. Eu gritava por socorro e creio que ele pode ter se assustado, ficou com medo de alguém se aproximar, algo do tipo, e foi o momento em que ele me soltou e eu consegui correr.

É um trauma que eu vou levar um bom tempo para me acostumar. Ele solto nas ruas, a gente se sente cada vez mais vulnerável. Eu falo por mim e pelas outras vítimas; então assim, o meu grande desejo é que ele seja detido logo, que as autoridades possam tomar as providências. 

DENÚNCIA ANÔNIMA

A Polícia Civil pede o apoio da população para localizar o suspeito. A denúncia é anônima, ou seja, a pessoa não precisa se identificar. A foto e nome dele foram divulgados no perfil oficial da Polícia Civil de São Paulo no Instagram.

“Caso você tenha informações que possam auxiliar as autoridades públicas a localizar o agressor, ligue para o Disque Denúncia 181 ou acesse https://www.webdenuncia.sp.gov.br/cidadao/denuncie (Sigilo absoluto).

 


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