
Laisa Mendes e Ravi Marques
laisamendes@tvclube.com.br
Laboratórios Centrais de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI) começou a realizar análises de casos de contaminação alimentar por agrotóxicos, a partir desta terça-feira (08). Os testes serão disponibilizados para as vigilâncias sanitárias e ambientais das prefeituras municipais do Estado.
Conforme o diretor do Lacen-PI, Fabrício Amaral, essas análises eram solicitadas de forma pontual, por demanda específicas, e enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro (RJ). O aparelho adquirido, o cromatógrafo, irá facilitar as análises de contaminação dos solos e mananciais e o monitoramento regular.
“Nós vamos desburocratizar a medida em que passar a executar essas análises e, de fato, fazer o monitoramento desses agrotóxicos nos nossos mananciais. Cabe as vigilâncias municipais e estaduais realizar essa coleta e enviar ao Lacen. Aqui faremos as análises e encaminharemos os laudos aos deferidos órgãos”, informa o diretor.
O manuseio da nova máquina para esses testes necessita de profissionais capacitados. O resultado é confirmado em minutos. Segundo o químico Renato Pinto, que deve operar o cromatógrafo, o primeiro passo será cadastrar os dados de agrotóxicos utilizados no estado.
“Estamos fazendo a padronização dos dados para que, quando as amostras cheguem ao laboratório, possamos fazer o controle e verificação dos compostos que podem estar em contato com o solo. Inicialmente, estamos realizando as análises com amostras de água e, futuramente, com alimentos”, explica o químico.
Renato Pinto destaca a importância do monitoramento da qualidade do solo devido os riscos à saúde. Segundo o químico, os contatos de pequenas quantidades de agrotóxicos com os humanos podem desenvolver doenças graves, como o câncer.