A Justiça do Piauí prorrogou a prisão temporária dos sete influenciadores detidos durante a operação Jogo Sujo II, realizada na última quarta-feira (9). A solicitação foi feita pela Polícia Civil na sexta-feira (11), e, com a decisão do juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Valdemir Ferreira Santos, os investigados permanecerão presos por mais cinco dias. Um dos alvos da operação, Antônio Robson, conhecido como Robin da Carne, está foragido.
De acordo com o delegado Humberto Mácola, coordenador da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a prorrogação foi solicitada devido à falta de colaboração dos presos nas investigações. A prisão temporária dos influenciadores estava prevista para expirar neste domingo (13).
“Pedimos a prorrogação para aprofundar as investigações em virtude do silêncio dos presos, que não colaboraram”, esclareceu Mácola ao Portal ClubeNews.
A operação investiga crimes de estelionato, jogo de azar, indução de consumidores ao erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Estão presos: Brenda Raquel Barbosa Ferreira, Pedro Lopes Lima Neto (Lokinho), Milena Pâmela Oliveira Silva, Diogo Macedo Basilio, Letícia Ellen Negreiro de Abreu, Douglas Guimarães Pereira Neves e Yrla Lima.
Durante a operação, foram apreendidas armas de fogo, joias, uma granada de luz e som, cerca de R$ 500 mil em dinheiro, além de 22 veículos, incluindo carros, motocicletas e um quadriciclo.
Avaliação médica de presos e pedido de prisão domiciliar
O juiz Valdemir Ferreira Santos decidiu manter a prisão temporária de Brenda Raquel Barbosa Ferreira, Marta Evellin Lima de Sousa, Milena Pamela Oliveira Silva e Pedro Lopes Lima Neto, negando os pedidos de liberdade apresentados pelas defesas.
A defesa de Brenda Raquel alegou que a influenciadora está com uma infecção na região abdominal após uma cirurgia estética. O magistrado determinou que médicos da Penitenciária Feminina têm até 48 horas para confirmar a situação e informar se ela pode ser tratada no sistema prisional.
O mesmo prazo foi dado para avaliar o estado de saúde de Milena Pamela Oliveira Silva, que está grávida, e de Pedro Lopes Lima Neto, que alegou ser hipertenso.
A Justiça também negou o pedido de conversão das prisões em domiciliar, reforçando que a medida é incompatível com o objetivo da prisão temporária. Os investigados permanecerão presos devido à gravidade dos crimes.
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