No litoral do Piauí, pequenos produtores investem no cultivo de ostras. Com quase duas décadas de experiência, o Márcio Veras trabalha com passeios turísticos na praia de Barra Grande, em Cajueiro da Praia, e aproveita as horas vagas para se dedicar à ostricultura.
Em um dos seus berçários, Márcio cultiva as ostras que recebe de fornecedores. A região escolhida para manter o molusco é estratégica, em trechos rodeados por mangues. A água do “braço do mar” obedece às influências das marés; isso facilita a alimentação das ostras.
“Esse manejo é mais para engorda. Meu sistema de cultivar para engorda porque já compro ela no ponto de venda. As (ostras) menores, que vêm nas maiores grudadas, eu deixo crescer”, diz o ostreicultor.
Márcio comenta que cada detalhe conta para o cultivo do molusco. Afinal, o animal pode morrer devido à poluição na água e até com a mudança da maré.
“A questão da maré fraca, que a água fica parecendo uma lagoa, com poucas correntes marítimas, pode afetar (o cultivo). O lixo orgânico deixa a água mais escura. Depois, vem a lua cheia ou nova, com águas novas, e renova toda essa área; e as ostras sobrevivem bem”.
Carla Brito, professora especialista em molusco, comenta que as ostras são ricas em nutrientes com diversos benefícios à saúde. Ela também alerta para a melhor forma de consumo.
“As ostras são ricas em vitaminas D e B12 e em minerais como zinco, selênio e cobre. O zinco, principalmente, é importante para imunidade, pois tem propriedade antioxidantes. O consumo mais comum da ostra é da forma crua com limão, mas o aconselhado é ser consumida frita, grelhada, assada, cozida ou ensopada porque é difícil saber quando esse animal está saudável para consumo”.
As informações são do Clube Rural, do dia 20 de outubro de 2024, reportagem de Tiago Mendes com imagens de Luiz Gustavo Graça.
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