Suspeito de matar idosa e deixá-la seminua com pés amarrados é preso em Teresina

Em 2015, o suspeito de matar a idosa cometeu uma tentativa de feminicídio contra a própria filha

Idosa vítima de feminicídio e suspeito do crime (Foto: Divulgação)

Mayrla Torres e Carlienne Carpaso
mayrlatorres@tvclube.com.br

Francisco Firmino da Silva, 44 anos, foi preso, na noite de quarta-feira (23), próximo a um shopping da zona Leste de Teresina (PI). Ele é suspeito de matar Maria de Jesus dos Santos, 73 anos, e deixa-lá seminua com os pés amarrados, no dia 22 de outubro, no bairro Parque Brasil, zona Norte.

A delegada Nathália Figueiredo, titular do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou que Francisco tem histórico de agressão contra mulheres e teria tentado matar a própria filha em 2015.

“Com o apoio da Polícia Militar, demos cumprimento ontem (23), por volta das 22h40, ao mandado de prisão preventiva. O Poder Judiciário concedeu de pronto para que a gente tirasse de circulação esse ‘feminicida’ que é reincidente. Na oportunidade, me dirigi à Central de Flagrantes, realizei o interrogatório e ele confessou o crime bárbaro”, informou.

Conforme a delegada, o suposto autor do crime não apresentou resistência a prisão e durante o interrogatório teria contado todo o fato com indiferença. Após o crime, ele fugiu do local com o carro, o celular e a televisão da vítima.

“Deixou bem claro que não era uma situação de latrocínio até porque ele era reincidente no crime de tentativa de feminicídio; então, de fato, para nós está claro se tratar de feminicídio seguido de roubo, até porque após deixar a vítima numa situação de vulnerabilidade levou os objetos”, frisou.

Uma das motivações do crime pode ter sido o fato de a vítima ter negado algumas concessões que o companheiro exigia, como o uso do carro e do cartão de crédito. Francisco estava residindo na casa da vítima há cerca de cinco meses.

Durante as investigações, a polícia já ouviu vizinhos e familiares, que relataram episódios de agressões anteriores, reforçando o histórico de violência. Mais testemunhas  serão ouvidas para garantir a conclusão do inquérito da forma mais completa possível.


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