Censo: lares homoafetivos no Piauí saltam de 312 para 2.697 em 12 anos

Segundo o IBGE o aumento de lares homoafetivos no estado foi de 764%

(Foto: Agência Brasil)

Em 12 anos, o Piauí registrou um crescimento de 764% nos lares formados por casais homoafetivos. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE.

De acordo com o Censo Demográfico o número passou de 312 domicílios em 2010 para 2.697 em 2022, representando 0,25% do total de lares do estado. O levantamento também apontou mudanças significativas na estrutura familiar, com uma queda na proporção de casais de sexos diferentes e um aumento no número de lares sem cônjuge.

No Brasil, a média de lares homoafetivos também cresceu: em 2022, 0,54% dos domicílios tinham cônjuges do mesmo sexo, frente a 0,10% em 2010.

Entre as unidades da federação, o Distrito Federal (0,76%), Rio de Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,67%) tiveram as maiores proporções, enquanto Piauí (0,25%) e Tocantins (0,30%) registraram as menores.

Além do aumento nos lares homoafetivos, o Censo revelou mudanças na composição dos domicílios em relação ao estado civil.

Em 2022, cerca de 60,71% dos lares no Piauí eram constituídos por um responsável e cônjuge de sexo oposto, uma queda em comparação com os 68,62% registrados em 2010.

Paralelamente, 39,04% dos lares piauienses em 2022 não tinham cônjuge, o que inclui pessoas morando sozinhas ou acompanhadas de filhos, netos, pais e outros parentes. Em 2010, essa proporção era de 31,33%, indicando um crescimento de 7,71 pontos percentuais.

No cenário nacional, a diminuição de lares com casais de sexos diferentes também é evidente: 57,55% dos domicílios eram compostos por cônjuges de sexos opostos em 2022, uma queda em relação aos 65,26% registrados em 2010. Já os domicílios sem cônjuges passaram de 34,62% para 41,91%, um aumento de 7,29 pontos percentuais.

Para o IBGE, esses dados refletem a diversidade e as transformações na estrutura familiar no Piauí e em todo o país, acompanhando tendências de independência e a valorização de novos formatos de convivência.

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Fonte: IBGE


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