Laisa Mendes* e Tiago Mendes/TV Clube
Laisamendes@tvclube.com.br
Aline Lima denunciou que sofreu violência obstétrica durante o parto do filho, por meio de negligência médica do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba. O relato foi compartilhado nas redes sociais de Aline.
Segundo a mãe, no parto que aconteceu há quase dois meses, a equipe médica se recusou a realizar a cesariana e optou por usar o fórceps, um instrumento cirúrgico usado para facilitar a saída do bebê durante o parto vaginal.
“Estava com uma contração perfeita e com o meu filho saudável, e arrancaram ele brutalmente, por meio de negligência médica, porque não quiseram fazer cessaria. Arrancaram ele brutalmente com ferro, deixando ele por horas sem oxigênio no cérebro”, relatou a mãe.
O uso do fórceps é necessário quando a contração natural não é suficiente ou pode ser perigosa. Aline Lima contou que o uso do instrumento de parto resultou em sequelas graves no cérebro do bebê, e denunciou a falta de profissionais adequados para a recuperação do filho.
“O ferro deformou a cabeça dele. Deus restaurou a cabeça, porque nasceu deformada, mas o cérebro foi danificado com danos irreversíveis. Ele se encontra há quase dois meses ‘sequelado’, sem previsão para sair, com ausência de profissionais de fonoaudiologia que precisa, e só tem um para dois hospitais. Não tem neuropediatra. Tudo negligenciado. Eu peço justiça a esse hospital por ter sequelado meu filho por negligência médica, por não quererem fazer a cesariana”, denunciou.
Em nota, o HEDA refutou as informações divulgadas pela mãe nas redes sociais e informou que a utilização do fórceps é feita após analises dos profissionais sobre o estado de saúde da mãe e do bebê. O Heda também informou que o bebê está sob cuidados de uma equipe multidisciplinar.
Confira a nota do Heda na Íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) refuta as informações divulgadas nas redes sociais sobre o atendimento prestado a uma paciente em trabalho de parto em nossa unidade. A direção do hospital reafirma seu compromisso com a saúde e segurança de todas as pacientes e destaca que, em todos os procedimentos obstétricos, seguimos rigorosamente as diretrizes clínicas e as melhores práticas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esclarecemos que, em algumas situações específicas, o uso de determinados instrumentos como o fórceps pode ser considerado pela equipe médica como uma alternativa clínica apropriada para o melhor cuidado da mãe e do bebê. Em casos onde há essa indicação, a decisão é sempre tomada com base em critérios clínicos, visando o bem-estar dos pacientes. Compreendemos a preocupação da mãe em relação à saúde de seu filho e informamos que a criança encontra-se sob acompanhamento multidisciplinar em nossa unidade. A equipe do HEDA está à disposição para manter um diálogo transparente e esclarecer qualquer dúvida aos familiares. Nosso compromisso é com o cuidado humanizado e seguro de todos os nossos pacientes.
Atenciosamente, Dr. Carlos Teixeira Diretor Técnico do HEDA
*Estagiária sob a supervisão da jornalista Malu Barreto.
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