"Quando aprender a ler e escrever, quero comprar um celular", diz aposentada

Trabalhadora rural aposentada em Jaicós, Maria das Mercês voltou a sala de aula por meio do programa Alfabetiza Piauí

Aposentada Maria das Mercês/(Foto: TV Clube)

Trabalhadora rural em Jaicós, onde 31% da população é analfabeta, segundo o IBGE, a aposentada Maria das Mercês conta que não aprendeu a ler e a escrever na idade certa porque vivia trabalhando na roça, e a escola era muito longe.

Atualmente matriculada na Educação de Jovens e Adultos, Maria das Mercês conta que deseja aprender a ler e escrever para ter um celular e poder se comunicar e se aproximar da filha. “Quando eu aprender a ler e escrever, a primeira coisa que eu quero é comprar um celular, para eu falar com minha filha, que mora longe”, relatou Maria.

Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Piauí é o segundo estado da Federação com maior número de pessoas que não sabem ler e escrever o próprio nome. A maior incidência está no interior do Estado.

Para tentar reverter esse quadro e reduzir o analfabetismo entre jovens, adultos e idosos, o Governo do Estado lançou o programa “Alfabetiza Piauí”. Com a meta de alfabetizar 100 mil pessoas até 2026, o programa oferece uma bolsa de R$ 600,00 (em 3 parcelas de R$ 200,00) para incentivar a participação e a permanência nas aulas. Além da bolsa, os estudantes têm direito a transporte e alimentação.

O secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira, disse que a intenção é reverter o cenário no estado, com a implementação de projetos para garantir a assistência à parcela da população que não sabe ler e nem escrever.

“O Alfabetiza Piauí é o projeto da SEDUC que visa alfabetizar jovens e adultos ainda não alfabetizados. O Piauí é o Estado da Federação, que mais diminuiu taxas de analfabetismo, em todas as faixas etárias, nos últimos dois anos”, afirmou o secretário.

A professora Lucileide Sousa Silva conta sobre sua realização em poder educar pessoas que não tiveram acesso à educação na juventude.

“Eu fico imensamente feliz. Para mim é importante ver, cada dia mais, essas pessoas, mesmo em idade avançada, mas elas estão realizando o sonho delas. Saber que nós, professores, também fazemos parte do sonho deles, é muito gratificante”, declara a professora.

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