Laisa Mendes* e Carlos Eduardo Alvim/Rede Globo
laisamendes@tvclube.com.br
Com a chegada do período chuvoso no Brasil, especialista apontam possibilidade de aumento dos números de casos em todo o território nacional. Segundo o Ministério da Saúde, o país registou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, de janeiro ao início do mês de novembro deste ano.
O número registrado é quase vezes maior que os dados do ano de 2023. Durante todo o ano passado foram registrados 1,6 milhões de casos.
O consultor cientifico da Sociedade Brasileira de Infectologia, o médico Carlos Srtaling, teme que o ano de 2025 seja mais um ano difícil em relação à doença no país. Segundo o especialista, a explicação pode estar nas mudanças climáticas.
“O aquecimento global e as condições climáticas que nós temos hoje, onde não temos muita diferença entre verão e inverno, favorece um ciclo mais rápido do vetor. Com isso, é provável que a situação de 2025 seja semelhante com a que tivemos em 2024”, explica o médico.
Cuidados contra a dengue
Os cuidados contra a dengue começam com a prevenção da reprodução do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença entre humanos. Entre os cuidados estão:
- Uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
- Remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
- Vedação dos reservatórios e caixas de água;
- Desobstrução de calhas, lajes e ralos;
- Participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Vacinação
O Ministério da Saúde lançou um plano de combate à dengue, em setembro, com campanhas e suporte aos estados e municípios. Segundo a ministra Nísia Trindade, a vacinação é uma das alternativas eficaz contra a doença.
“ A vacinação é outro elemento que está sendo feita na faixa etária de crianças e adolescentes, de 9 a 14 anos. Nossa recomendação é que, naqueles municípios onde houve vacinação, os responsáveis levem as crianças e os jovens para a segunda dose da vacina”, destacou a ministra Nísia Trindade.
*Estagiária sob a supervisão da jornalista Malu Barreto.
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