Na próxima quarta-feira, 20 de novembro, o Brasil celebra pela primeira vez o Dia da Consciência Negra como feriado nacional. A conquista, fruto de anos de mobilização social, é um marco importante para o país. Contudo, como destaca a pesquisadora e militante do movimento negro Carmem Letícia, integrante do Instituto da Mulher Negra do Piauí – Ayabás, a data precisa transcender o caráter simbólico e se consolidar como espaço de reflexão e transformação.
No quadro Raízes e Resistências, Carmem ressalta a relevância de entender o racismo no Brasil como uma estrutura de poder e não apenas como atitudes individuais.
“O racismo estrutural é uma categoria que formou a sociedade brasileira e tem reflexos profundos nas condições de vida da população negra. Ele não é apenas discriminação ou preconceito, mas um sistema que determina onde vivemos, as oportunidades que temos e as violências que enfrentamos”, explica.
Carmem destaca que o racismo no Brasil é frequentemente negado ou minimizado, sendo muitas vezes invisibilizado por sua forma velada. “Muitas pessoas dizem que não são racistas ou que o racismo não existe no Brasil, mas é preciso compreender que ele está enraizado em todas as esferas sociais. Esse sistema afeta diretamente a população negra, limitando seu acesso à educação, saúde e moradia digna.”
Dia da Consciência Negra
Para a pesquisadora, o Dia da Consciência Negra deve ser um momento de revisitar a história brasileira, reconhecer as contribuições da população negra e fortalecer a luta contra o racismo. “É essencial lembrar que o racismo não é apenas um problema do passado, mas uma realidade que precisa ser enfrentada hoje. Essa data nos permite pensar em estratégias para superar essas desigualdades”, destaca.
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