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Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostra que 18,9% das pessoas que já foram infectadas pela Covid-19 relatam sintomas persistentes da doença, como cansaço, perda de memória, ansiedade, dificuldade de concentração, dores articulares e perda de cabelo. Os sintomas pós-Covid aparecem com mais frequência entre mulheres e indígenas.
A pesquisa Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, apresentada nesta semana, mostra que mais de 28% da população brasileira, o equivalente a 60 milhões de pessoas, relatou ter sido infectada pela doença.
Conforme o médico infectologista, Luciano Mourão, as pessoas que foram infectadas devem ficar atentas em mudanças de comportamento e hábitos que surgiram após a doença.
“Essas pessoas que contraíram a doença, seja ela assintomática ou com sintomas graves, relataram ter tido esses sintomas pós-covid. Então é importante que as pessoas percebam o que mudou na vida delas depois da doença. Existem registros de pessoas que tinham um sono regular e passaram a ter insônia, outros começaram a ter perda de cabelo de maneira explicável, diminuíram a concentração. Todas essas mudanças precisam ser observadas e buscar especialistas para o devido tratamento”, detalhou.
Ainda segundo o infectologista, pesquisa ainda são realizadas para compreender como se manifesta a Covid longa entre as pessoas.
“O vírus tem um certo tropismo, uma finidade pelo sistema nervoso. Então não temos certeza se foi ação direta do vírus sobre nosso cérebro, ou se é resultado das alterações do processo de coagulação que são muito comuns na Covid. Pesquisas são realizadas e dentro de alguns anos teremos mais informações sobre essa situação”, explicou.
Vacinação
De acordo com o estudo, a vacinação contra a covid-19 teve adesão de 90,2% dos entrevistados, que receberam pelo menos uma dose e 84,6% completou o esquema vacinal com duas doses. A vacinação foi maior na Região Sudeste, entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.
Entre os entrevistados, 57,6% afirmaram confiar na vacina contra a convid-19, mas a desconfiança das informações sobre o imunizante foi relatada por 27,3% da população. Outros 15,1% disseram ser indiferente ao assunto.
Entre aqueles que não se vacinaram, 32,4% disseram não acreditar na vacina e 0,5% não acreditam na existência do vírus. Outros 31% relataram que a vacina poderia fazer mal à saúde; 2,5% informou já ter pego covid-19 e 1,7%, outros problemas de saúde.
Pesquisa
O Epicovid 2.0 foi conduzido em 133 cidades, com uma amostra de 33.250 entrevistas. As pessoas entrevistadas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário.
Sob coordenação do Ministério da Saúde, a pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getulio Vargas (FGV).
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Fonte: Com informações da Agência Brasil