A chegada do período chuvoso traz alívio para quem sofre com as altas temperaturas, além de um clima mais ameno e úmido. Esse maior conforto, no entanto, acaba fazendo com que muitos relaxem na proteção contra os raios solares, o que pode levar ao surgimento de problemas com a saúde da pele e até mesmo ao desenvolvimento de um câncer de pele.
A dermatologista Isabelly Queiroz explica que o tempo nublado acaba escondendo o perigo da exposição exagerada aos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo sol.
“Eu costumo dizer que esses dias (com o céu nublado) são os mais perigosos, pois é quando as pessoas relaxam nos cuidados e deixam de usar protetor ou roupas que cobrem a pele. Não podemos descuidar, pois as nuvens não conseguem bloquear totalmente os raios solares”, explicou a dermatologista.
Essa falta de atenção e cuidado com a pele, associada à alta taxa de incidência solar em nosso país, faz com que o câncer de pele seja o principal tipo da doença em quantidade de casos. Entretanto, como explica a especialista, ele também é o câncer com altas taxas de cura, em especial, quando detectado precocemente.
“Como moramos nesse país tropical, com alta incidência de raios solares, temos um grande risco de apresentar essa doença. Apesar disso, o câncer de pele tem a vantagem de ser altamente curável com cirurgia quando diagnosticado precocemente. Por isso, é tão importante se consultar com um dermatologista com frequência ou sempre que notar lesões novas na pele”, alertou.
Dezembro Laranja: sinais e formas de prevenção
A Campanha Dezembro Laranja aproveita a época em que se inicia o verão no Brasil, e no Hemisfério Sul, para alertar sobre os riscos que o câncer de pele pode trazer para a saúde da população. Dentre os tumores malignos, 30% dos casos no Brasil dizem respeito a esse tipo da doença.
Segundo a médica especialista, é importante que, ao primeiro sinal da doença, se procure consultar um médico dermatologista. Mesmo assim, consultas de rotina também devem ser realizadas para um diagnóstico precoce.
“O câncer de pele tem várias apresentações, como uma mancha vermelha áspera, um sinal com um brilho diferente, uma mancha marrom que mudou de forma ou uma ferida que não cicatriza. Por isso, sempre que notar alguma coisa diferente na pele, tem que procurar o dermatologista, e mesmo se não notar, é importante, pelo menos uma vez por ano, passar por uma avaliação”, aconselhou Isabelly.
Ainda de acordo com a dermatologista, algumas pessoas podem ter maior facilidade para o desenvolvimento desse tipo de câncer.
“Pessoas de pele clara, ruivas, com efélides (as populares sardas), que se expõem muito ao sol, são mais susceptíveis. O protetor solar é nosso maior aliado na prevenção do câncer de pele, mas não adianta aplicar só de manhã, tem que aplicar e reaplicar. Outra forma de prevenção são roupas com fotoproteção, muito úteis para quem se expõe muito ao sol”, finalizou.
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