
Estalos ao abrir a boca, dores nos músculos na mastigação e sensação de mandíbula travada estão entre os principais sintomas da disfunção temporomandibular (DTM). Em entrevista à Clube News FM, o cirurgião-dentista André Ricardo, explicou que as dores causadas por esse quadro estão entre as que mais afetam a população mundial.
“A incidência de casos de DTM é maior nas mulheres, alguns estudos apontam uma influência hormonal, também pelas mulheres sofrerem mais com ansiedade e estresse”, explicou.
De acordo com o especialista, o tratamento da DTM é multiprofissional e a longo prazo, precisamos desse tempo maior para trazer uma qualidade de vida melhor para nosso paciente.
“Como é uma dor difusa, acomete geralmente o pescoço, musculatura ou até mesmo dentro do ouvido, muitos pacientes acabam procurando um otorrino ou neurologista. Então o diagnóstico fica perdido porque não há essa relação entre as especialidades. Quando o paciente chega ao nosso consultório, é necessário avaliar como ele está dormindo, se alimentando, a condição de dentes dele. Tudo isso vai influenciar na articulação”.
Uma das características da doença é que a incidência das crises no paciente pode variar de acordo a rotina individual de cada um, somado a eventuais momentos de estresse e ansiedade:
“É importante compreender que cada paciente tem um limiar diferente para a dor. Alguns vão sentir dor com mais facilidade, por qualquer estímulo menos ou mais severo, isso vai variar de um episódio para outro. Por exemplo, se o paciente estiver vivendo provas da faculdade, problemas familiares, são eventos que acabam desencadeando momentos de estresse e ansiedade, isso favorece a ocorrência de crises”, explicou o cirurgião
ATM é diferente de DTM
“Muitas pessoas confundem ATM e DTM, então é importante diferenciar. A articulação temporomandibular (ATM), composta por ossos, ligamentos e músculos, é algo que todos nós temos, faz com que a mandíbula abra e feche a boca, mastigue e faça nossas funções. Quando ocorrem alterações que envolvem a articulação, nós chamamos de DTM, a disfunção temporomandibular”, explicou.
Opções de tratamento
Em relação aos tratamentos, o profissional ressalta que existem os protocolos medicamentosos, as compressas mornas e a fisioterapia. Mas, quando as alterações são mais ligadas às estruturas internas da articulação, é necessário um procedimento mais invasivo:
“Na artrocentese, é feita uma lavagem da articulação, com o uso da agulha, serão feitas duas entradas próximo à região do ouvido. Daí é inserida a medicação anti-inflamatória e fazer lavagem com uma solução específica para essa região. Esse procedimento promove a remoção dos produtos inflamatórios e corrige a posição do disco. Essa alteração do disco articular, leva muitos pacientes a sentirem um travamento na boca, isso leva a uma dificuldade de abri-la”, detalhou.
Confira a entrevista completa:
*Estagiário sob a supervisão da jornalista Malu Barreto
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