
ATUALIZADA ÀS 12h53
Maria Jocilene, vizinha da família envenenada em Parnaíba (PI), morreu após passar mal durante visita à casa das vítimas. Jocilene estava internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) e morreu nesta sexta-feira (24).
Ela estava internada com sintomas de envenenamento desde a última quarta-feira (22), após tomar um café na casa da família. A causa da morte não foi divulgada.
IDAS AO HOSPITAL
Maria Jocilene passou mal por duas vezes com sintomas de envenenamento. A primeira vez foi no dia 1º de janeiro de 2025, quando almoçou a comida com veneno na casa da Maria dos Aflitos, companheira de Francisco de Assis, principal suspeito de envenenar a família. Ele está preso.
Na última quarta-feira (22), Jocilene retornou à casa de Maria dos Aflitos, depois saber que a quinta vítima da família, uma criança de quatro anos não resistir às complicações do envenenamento, após dias de internação no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), e morrer.
Na segunda ida à casa de Maria dos Aflitos, a mulher teria tido uma parada cardiorrespiratória, após tomar um café. Ela foi levada ao HEDA por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)
MORTE JOCILENE
Em nota, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) confirmou o falecimento da paciente, que aconteceu às 12h31 desta sexta-feira (24).
“Após a constatação do óbito, o corpo será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os devidos procedimentos. A causa do falecimento será divulgada somente após a conclusão da investigação. Em conformidade com a legislação vigente sobre privacidade, não serão fornecidos detalhes adicionais sobre o caso.”, informou o HEDA.
Na nota, o HEDA expressou sinceras condolências à família da paciente e reafirmou que a equipe multidisciplinar do atuou com total dedicação, “seguindo rigorosamente todos os protocolos e medidas necessárias para garantir o melhor atendimento desde a admissão da paciente”.
A Polícia Civil do Piauí investiga as causas que levaram a Jocilene a passar mal e se a situação tem ligação com as mortes da família.
CRONOLOGIA MORTES FAMÍLIA ENVENENADA
– A primeira morte confirmada foi Manoel Leandro Silva, de 18 anos, que faleceu no dia 1º de janeiro, dentro da ambulância, antes de receber atendimento médico.
– No dia 2 de janeiro, o bebê Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, que estava internado no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Parnaíba, também não resistiu às complicações causadas pelo envenenamento e morreu.
– A terceira morte foi de Maria Lauane da Silva, de 3 anos, no dia 6 de janeiro. Ela estava internada no HUT após ser transferida de Parnaíba, e sofreu falência múltipla dos órgãos. Ela é irmã de Igno e da Maria Gabriela.
– A quarta vítima confirmada foi Francisca Maria Silva, irmã de Manoel e Mãe do Igno, Maria Gabriela e Maria Lauane. Francisca é filha da Maria dos Aflitos e enteada do principal suspeito de envenenar
– No dia 21 de janeiro de 2025, a última internada da família não resistiu e morreu. Maria Gabriela, de 4 anos, estava internada desde o começo de janeiro e faleceu no Hospital de Urgência de Teresina. Maria é filha de Francisca e irmã das outras crianças.
SUSPEITO PRESO
O padrasto de Francisca Maria, identificado como Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso no dia 8 de janeiro, suspeito de envenenar a comida da família. A motivação seria ele não gostar dos parentes da companheira, Maria dos Aflitos, que é mãe e avó das vítimas.
IRMÃOS MORTOS EM 2024
Outros dois filhos de Francisca Maria também morreram envenenados, mas no ano passado. Em 2023, Francisca Maria perdeu dois filhos, João Miguel Silva, 7 anos, e Ulisses, 8 anos. A Polícia Civil voltou a investigar esse caso, após laudo descartar que os cajus dados por uma vizinha aos meninos não estavam envenenados. A suspeita foi solta da prisão após seis meses de reclusão na Penitenciária Feminina de Teresina.
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NOTA DO HEDA – MORTE JOCILENE
O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) lamenta profundamente o falecimento de uma paciente adulta que deu entrada na unidade na quarta-feira, dia 22, e faleceu nesta sexta-feira, 24, às 12h31.
Após a constatação do óbito, o corpo será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os devidos procedimentos. A causa do falecimento será divulgada somente após a conclusão da investigação.
Neste momento de imensa dor, expressamos nossas mais sinceras condolências à família da paciente e reafirmamos que a equipe multidisciplinar do HEDA atuou com total dedicação, seguindo rigorosamente todos os protocolos e medidas necessárias para garantir o melhor atendimento desde a admissão da paciente.
O HEDA reafirma seu compromisso com a saúde e o bem-estar da população, assim como com a transparência em suas ações. Em conformidade com a legislação vigente sobre privacidade, não serão fornecidos detalhes adicionais sobre o caso.
Atenciosamente,
Dr. Carlos Teixeira
Diretor Técnico do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)