
O valor da passagem de ônibus em Teresina foi um dos temas debatidos pelo prefeito Silvio Mendes durante reunião realizada na tarde desta segunda-feira (27) com o superintendente de Transportes e Trânsito, Carlos Daniel, e o engenheiro Antonio Santana, responsável pelo Plano Diretor do Sistema Viário e de Transporte Coletivo da cidade.
A tarifa de ônibus está congelada há mais de cinco anos. Atualmente, a passagem inteira custa R$ 4,00, enquanto a estudantil sai por R$ 1,35. De acordo com a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT), cerca de 2,5 milhões de usuários utilizam o transporte coletivo mensalmente.
O prefeito destacou que qualquer mudança no valor da passagem será amplamente discutida com diferentes instituições e lideranças.
“Não será uma atitude unilateral da prefeitura. Vamos convidar o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público, as lideranças comunitárias e a Câmara Municipal de Teresina para participarem dessa discussão. O Tribunal já fez um cálculo de R$ 9,80 como tarifa ideal, mas esse valor está muito acima da capacidade da população pagar. Tudo aumentou: pneus, peças, custos, salários e impostos. Precisamos ter sensibilidade para ser solidários com quem utiliza o serviço e corretos com quem o presta”, enfatizou.
Além da tarifa, Mendes ressaltou a necessidade de modernizar o transporte coletivo da capital.
“Estamos buscando soluções para o transporte coletivo da cidade. De todas as capitais, temos o pior sistema. O Santana foi o responsável pelo desenho inicial do nosso transporte, mas o tempo passou, e agora ele precisa ser atualizado”, afirmou o prefeito.
Outro ponto discutido foi o subsídio que a prefeitura paga às empresas de transporte. Mendes revelou que o valor de R$ 4.750.000 foi pago no início do mês, mas destacou que essa dívida, já judicializada, não foi criada em sua gestão.
“Essa dívida não tem o tamanho que estão alegando. Temos certeza de que ela é bem menor. A prefeitura é quem faz as contas, e isso será esclarecido publicamente”, assegurou.
O prefeito também prometeu intensificar a fiscalização do transporte coletivo.
“Estamos pagando até mesmo por ônibus que circulam sem passageiros. Vamos fiscalizar ativamente para garantir que o serviço seja prestado de forma correta”, disse Mendes.
O engenheiro Antonio Santana ressaltou a necessidade de recuperar a credibilidade do sistema de transporte.
“Teresina está em uma situação crítica. O sistema está praticamente destruído. A frota diminuiu, e a população buscou outras alternativas para se deslocar. Reconstruir o sistema é um desafio maior do que construí-lo ou mantê-lo, mas precisamos retomar a confiança da população no transporte coletivo”, afirmou Santana.
Carlos Daniel, superintendente da Strans, detalhou algumas medidas que já estão em andamento para melhorar o serviço.
“A fiscalização da frota é feita de forma eletrônica, e contamos com 51 fiscais circulando pela cidade para monitorar o funcionamento. Já iniciamos a limpeza das estações e vamos recuperá-las para que sejam utilizáveis. Além disso, firmaremos convênios com as forças de segurança para garantir mais tranquilidade e conforto aos usuários”, concluiu.
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