O endividamento dos nove estados do Nordeste e a maior participação da região no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vão nortear as discussões do Consórcio Nordeste, que estará sob presidência do governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), em 2025. O Chefe do Executivo assumiu a chefia do grupo na quarta-feira (5).

As principais demandas dos governadores serão apresentadas ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante reunião da primeira Assembleia Geral Ordinária. Em entrevista à imprensa, nesta sexta-feira (7), Fonteles enfatizou a necessidade de ampliação do aporte financeiro à região.

“O recorte regional está distorcendo as desigualdades no país. Apesar de ter crescido o crédito para o Brasil inteiro, inclusive para o Nordeste, no recorte regional, o Nordeste está recebendo menos do que a sua participação no PIB e do que sua participação na população. Então, isso, ao longo do tempo, a gente precisa fortalecer”, pontuou.

O Piauí é o único do Nordeste sem dívidas com a União. No entanto, o estado detém débitos com instituições financeiras. O governador disse que uma alternativa à situação seria o maior parcelamento das dívidas, garantindo sobrevivência fiscal aos estados.

“O mesmo tratamento que é dado para os estados que têm dívida com a União tem que ter algo isonômico para os estados que têm endividamento com instituições financeiras. Por exemplo, alongamento de dívida, redução de taxas. Então, tem que ter muita criatividade junto ao Governo Federal e às instituições financeiras para ter soluções também semelhantes, garantindo a isonomia de tratamento”, concluiu.

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