
A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação “Aldeia Verde”, nesta quarta-feira (19), para desarticular um esquema de grilagem de terras no centro-sul do Piauí, que envolvia a venda ilegal de áreas da União, incluindo terras indígenas e de proteção ambiental.
Duas pessoas foram presas em cumprimento de mandado de prisão preventiva nas cidades de Bom Jesus (PI) e Currais (PI). Além dessas cidades, a operação cumpre mandados de busca e apreensão em Teresina (PI) e em dois municípios do Paraná.
As terras envolvidas no esquema incluem áreas tradicionalmente vinculadas à etnia indígena Akroá-Gamella, localizadas em Morro d’Água e Barra do Correntinho, nos municípios de Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí, Bom Jesus e Currais.
Conforme a PF, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. As investigações apontam a participação de um grupo criminoso formado por lideranças indígenas, empresários, funcionários públicos, líderes sindicais e corretores de imóveis.
O esquema atuava na ocupação ilegal de terras, utilizando violência e ameaças para expulsar os ocupantes originais. Em seguida, documentos eram falsificados para a venda ilegal das áreas.
A PF destacou que a operação visa combater crimes como ameaça, incêndio, associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção ativa e invasão de terras da União.
O Ministério Público Federal também já ofereceu denúncia contra as dez pessoas envolvidas nesse esquema pelos crimes de invasão de terras públicas (art. 20, Lei nº 4.947/1966), posse e porte de arma de fogo (arts. 12 e 14 da Lei 10.826/2003), associação criminosa (art. 288), falsidade ideológica (art. 299), uso de documento falso (art. 304) e corrupção ativa (art. 333), ameaça (art. 147), dano (art. 163), incêndio (art. 250), corrupção passiva (art. 317) e advocacia administrativa (art. 321).
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