
A delegada Milena Caland, da Polícia Federal, revelou nesta terça-feira (25) como teve início a ação criminosa de ameaças que vitimou uma criança piauiense. O suspeito, que se passava por um adolescente, foi preso durante a Operação Carcará 16, que combate crimes de exploração infantil na internet.
Segundo a delegada, a mãe da vítima denunciou inicialmente o caso à Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, acreditando que o abusador morava no estado. No entanto, após investigações, constatou-se que o suspeito residia em Uberlândia (MG).
Inicio do relacionamento
Milena Caland afirma que a criança e o investigado teriam se conhecido em 2023, por meio de uma rede social, onde iniciaram um relacionamento. Ainda segundo a delegada, o suspeito conquistou a confiança da vítima, demonstrando afeto e amizade para adquirir fotos de caráter sexual. Na época, a criança tinha dez anos.
“Eles se conheceram através do Telegram. A princípio mantinha uma conversa, um conteúdo de namoro. Ele foi se moldando para a conversa sair de um conteúdo de relacionamento para um desvio de pornografia”, informou.
Conforme a delegada, após conquistar a confiança da vítima, o suspeito teria obtido acesso ao celular dela e iniciado as ameaças de exposição de fotos íntimas para familiares e amigos.
Salas virtuais
Segundo a investigação, o abusador produzia material pornográfico para salas virtuais por meio de plataformas de conversas digitais. A delegada explicou que essa produção ocorria em salas online com a participação de várias pessoas.
“O que identificamos foi que a produção de material pornográfico era feita em salas online onde havia mais de uma pessoa”, afirmou. Além disso, os participantes faziam exigências extremas, como mutilações e a ingestão de substâncias inadequadas, como detergente.
Outros crimes
Além dos crimes de abuso infantil, o suspeito também gerenciava um grupo que vendia acessos a bancos de dados do governo e policiais.
“Ele conseguia acesso a sites governamentais e grupos de dados de alguns estados, não apenas do Piauí, além de redes sociais diversas. Ele se infiltrava, tinha acesso, moldava e obtinha dados através desses acessos”, relatou.
Ele poderá responder por produção, posse e compartilhamento de material de violência sexual contra crianças ou adolescentes, além de estupro de vulnerável e outros crimes.
*Estagiária sob a supervisão do jornalista Eduardo Amorim.
Leia mais:
Homem que fingia ser adolescente para aliciar criança é preso
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e entre no nosso Canal.
Confira as últimas notícias: clique aqui!