Primeiro implante do menor marca-passo do mundo pelo SUS é realizado no Piauí

O diapositivo é considerado o mais moderno no campo da estimulação cardíaca.

Primeiro implante do menor marca-passo do mundo pelo SUS é realizado no Piauí (Foto: Ebserh)

O Hospital Universitário da UFPI (HU-UFPI) realizou, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o primeiro implante do menor marca-passo do mundo. A cirurgia ocorreu na última sexta-feira (21).

A paciente, Maria da Conceição Santos, de 77 anos, usava um marca-passo tradicional desde 1996 devido a problemas cardíacos causados pela doença de Chagas. O procedimento foi necessário após falha em um dos eletrodos do dispositivo anterior.

Maria da Conceição recebeu alta na segunda-feira (24) e retornou para Oeiras, onde mora. “Estou muito bem e feliz. Toda a minha família também está muito feliz com minha recuperação. Agradeço a todos”, afirmou.

Sobre o Micra

O aparelho chamado “Micra” mede seis milímetros de diâmetro e 25 milímetros de comprimento e pesa cerca de duas gramas, comparando-se ao tamanho de uma cápsula de vitamina. O dispositivo é considerado o mais moderno no campo da estimulação cardíaca.

“Ao contrário do marca-passo convencional, cujo sistema é implantado pelas veias dos membros superiores, o Micra é inteiramente implantado de forma minimamente invasiva por meio de um cateter que passa pela veia da perna e vai até o coração”, explicou a cardiologista e especialista em Eletrofisiologia Clínica Invasiva, Cláudia Guarino.

A função de um marca-passo é perceber os batimentos cardíacos, gerando impulsos elétricos para estabilizar o ritmo. Além do tamanho, o Micra se diferencia por não ter os eletrodos como os convencionais, majoritariamente implantados no Brasil.

Neste novo dispositivo, a bateria é implantada diretamente no coração. Para se ter uma ideia, o marca-passo tradicional mede, em geral, 48 milímetros de comprimento, pesa 20g e possui dois eletrodos, um de 53 cm e outro de 60 cm.

Remoção de corda / confirmação a posição com contraste (Foto: Ebserh)

Segundo Cláudia Guarino, a indicação para o uso do Micra é específica aos casos de obstrução das veias dos membros superiores (por onde passavam os marca-passos tradicionais); de infecção do sistema cardiovascular pelo marca-passo tradicional; e em pacientes renais crônicos, principalmente os submetidos à hemodiálise.

 

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