Durante o Carnaval, é essencial que os foliões redobrem a atenção para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A enfermeira especialista em Saúde da Mulher, Kellyane Folha, alertou em entrevista à Clubenews FM sobre a importância do uso do preservativo, que pode reduzir em até 95% o risco de contrair doenças como hepatites B e C, sífilis, HIV, herpes, entre outras.
Ela destacou que, embora o uso de preservativo seja mais comum entre os homens, as mulheres também devem estar preparadas. É fundamental que carreguem preservativos em suas bolsas e exijam seu uso durante as relações sexuais, garantindo a proteção tanto contra ISTs quanto contra gravidez indesejada.
“A obrigação da camisinha é tanto do homem como da mulher. É importante a mulher ter essa conscientização para que ela evite as infeções sexualmente transmissíveis. A gente tem a camisinha masculina e a feminina, que estão disponíveis tanto no SUS [Sistema Único de Saúde] como na rede privada. Então, é importante a mulher que sabe que vai sair à noite já deixar a camisinha na bolsa fácil e vai curtir”, ressaltou.
A especialista também destacou a importância de cuidados na prevenção de infecções transmitidas pela via oral, como aquelas que se espalham por meio do beijo. Nessas situações, é recomendado evitar carícias na região quando há presença de bolhas e feridas.
Kellyane Folha explicou ainda que, em geral, as mulheres são mais vulneráveis a problemas relacionados ao sexo desprotegido e que a higiene íntima não deve ser negligenciada. Ela ressaltou que, após as relações, tanto homens quanto mulheres devem realizar a higiene íntima adequada para prevenir complicações como dor pélvica, infecção urinária, doenças de contato e candidíase.
Dados sobre Aids
De acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados em dezembro de 2024, o Brasil registrou aproximadamente 38 mil casos de AIDS em 2023. O grupo etário mais afetado foi o de 25 a 29 anos, representando 34% dos casos totais. No Piauí, 275 casos de AIDS foram diagnosticados no mesmo período. Em relação às mortes, o país registrou 10.338 óbitos devido à doença em 2023.
