
A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) deflagraram, nesta quinta-feira (13), a Operação Shallow Grave, que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em Fartura do Piauí (PI).
Um coveiro, lotado na cidade de São Raimundo Nonato (PI), está sendo investigado por atuar como operador financeiro e laranja do esquema.
Ele teria recebido dinheiro de uma empresa contratada pelo município para a execução de obras e repassado parte dos valores para servidores de Fartura do Piauí. A suspeita é que sua função era ocultar a origem ilícita dos recursos.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina (PI), São Raimundo Nonato (PI) e Camaçari (BA). Além disso, houve o sequestro de bens e valores que totalizam R$ 715 mil, quantia equivalente ao prejuízo identificado até o momento.
As verbas desviadas eram provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
A investigação da PF revelou que a empresa envolvida no esquema possui características de operação de fachada e que sua contratação pelo Município ocorreu por meio de processos licitatórios fraudulentos nos anos de 2022 e 2023.
As auditorias da CGU também identificaram irregularidades e superfaturamento em obras de reforma de unidades escolares, resultando em um prejuízo de R$ 237 mil aos cofres públicos. No total, a empresa investigada recebeu R$ 4,2 milhões do Município entre 2021 e 2024.
Segundo a CGU, em crimes dessa natureza, as obras contratadas, quando são de fato executadas, costumam ser entregues de maneira precária, com qualidade e quantidade inferiores ao contratado, facilitando o desvio de recursos.
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