Uma paixão dos piauienses, o pequi é a atração principal de uma festa que acontece há 12 anos em Piripiri, na região Norte do Piauí. Anualmente, no mês de março, a população da cidade se reúne para celebrar o Festival do Pequi.
O evento ocorre no Assentamento Mulheres Organizadas e integra o calendário de turismo e eventos do município, despertando a curiosidade de visitantes e aquecendo os corações de quem espera o ano todo pela comemoração. A TV Clube acompanhou de perto tudo o que aconteceu por lá.
A cada edição, o festival traz novidades ao público, sempre com o fruto como destaque. Entre as atividades, os visitantes degustam pratos inusitados inspirados no pequi e participam de competições com premiações disputadas.
Maria Isabel, baião de dois e feijão são indispensáveis na mistura com pequi, mas a criatividade dos moradores vai além. A agricultora Marlúcia Correia, por exemplo, adaptou a iguaria a receitas conhecidas do público.
“A gente tem a famosa Maria Isabel, galinha caipira com pequi, baião de dois com pequi. O baião acompanha a galinhada com pequi. Tem a famosa torta de pequi com frango, trufa de pequi, trufa de pequi com chocolate e castanha, azeite de pequi, conserva de pequi, geleia de pequi. Quem não gosta de pequi, na época do pequi, não vem na minha casa”, brinca.
Em outras barracas, as variações com chocolate chamaram a atenção, com opções como bolo no pote, mousse de pequi, dindin de pequi e brownie. O público participou com animação de competições acirradas, como o concurso de melhor par de forró com pequi na testa, em que vencia quem conseguisse dançar sem deixar a fruta cair, além da eleição da Rainha do Pequi, desafio que colocou os jurados diante da difícil escolha do melhor prato.
Entre as seis concorrentes, Marlúcia Correia se destacou ao surpreender o paladar dos avaliadores com uma batata inglesa recheada com pequi. A receita garantiu a ela o título de vencedora do concurso de 2025.
A última e mais acirrada disputa foi a competição de maior roedor de pequi. Como o fruto tem polpa pequena e muitos espinhos, os concorrentes precisaram de atenção e cuidado.
O grande campeão foi Adonilson, que roeu sete pequis e levou para casa o prêmio de R$ 500. Surdo desde a infância, ele fez seu discurso em Língua Brasileira de Sinais (Libras), com interpretação do irmão gêmeo.
Como tudo começou
O Festival do Pequi começou com cinco famílias e cresceu ano após ano. A dona de casa Irisneide Sousa, uma das fundadoras, destaca que nunca imaginou a proporção que o evento alcançaria.
Segundo ela, os resultados são fruto de muito esforço. “Nunca passou pela nossa cabeça que chegaria onde está hoje, uma festa tão reconhecida, que todo mundo gosta. Somos muito gratos, porque trabalhamos duro para realizá-la, e, com dedicação, conseguimos”, comenta.
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