Ismael Silva garante consenso com professores por reajuste salarial; sindicato nega acordo

O secretário Ismael Silva disse que foram acertadas mudanças nas progressões dos servidores e a convocação de novos profissionais para a Secretaria de Educação.

Vereador Ismael Silva (Foto: Jonas Carvalho/Portal ClubeNews)

O secretário de Educação, Ismael Silva, afirmou que a Prefeitura de Teresina e os professores da rede municipal de ensino entraram em consenso quanto à greve da categoria, deflagrada no dia 17 de fevereiro.

Em entrevista ao Portal ClubeNews, nesta quarta-feira (19), Ismael Silva afirmou que prevaleceu o entendimento com os professores, fixando o reajuste linear de 6,5%. O piso nacional é de 6,27%.

“Eu acredito que o consenso aconteceu a partir do momento em que se encerrou o movimento grevista. Depois disso, também não houve mais nenhum diálogo acerca desse tema, acabou sendo superado”, afirmou.

No entanto, Sinésio Soares, coordenador geral do Sindicato dos Servidores Públicas Municipais de Teresina (Sindserm), afirmou, também nesta quarta-feira (19), que “não houve nenhum acordo”.

DISCUSSÕES

Na época, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) chegou a alegar que o reajuste de 6,5%, anunciado pela Prefeitura de Teresina, não cumpre a legislação federal, a legislação municipal nem o Acórdão 219/2023 do Tribunal de Contas do Estado do Piauí.

O secretário Ismael Silva disse que foram acertadas mudanças nas progressões dos servidores e a convocação de novos profissionais para a Secretaria de Educação.

“Na verdade, nós seguimos o que a lei determinou aqui em âmbito federal, inclusive nós concedemos os 6,5% de forma linear, levando em consideração que nós tínhamos convocado também no meio de janeiro mais 311 profissionais, na última segunda-feira mais 32 professores também para ingressarem na nossa rede municipal”, disse.

O QUE DIZ O SINDICATO

Sinésio Soares, coordenador geral do Sindicato dos Servidores Públicas Municipais de Teresina (Sindserm), afirmou ao Portal ClubeNews, que a greve foi apenas suspensa, isto é, não foi oficialmente encerrada.

“Nós suspendemos a greve porque havia uma equipe dentro do sindicato desmobilizando para enfraquecer a greve. Se não pagarem o que devem, nós retornaremos ao movimento paredista”, comentou o coordenador.

O coordenador afirmou que o sindicato deve representar ao Tribunal de Contas do Estado para que a lei federal e o acordão 219/2023 sejam cumpridos.

Sinésio relatou que prefeitura ainda deve à categoria o reajuste de 15,57%, referente ao cumprimento do acordão 219/2023. “Em 2022, o reajuste foi incompleto, faltaram 17,23%; e eles recuperaram um pouquinho e ainda devem 15%”.

“O sindicato tem como provar que a prefeitura deve e tem dinheiro para pagar porque temos o acompanhamento dos repasses do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), das transferências constitucionais, das quais 25% são obrigatoriamente aplicadas na educação”.

 

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