
A Polícia Civil do Piauí prendeu, na quarta-feira (19), um homem identificado pelas iniciais C.D.S., suspeito de tentativa de homicídio em um posto de combustível no bairro Lourival Parente, zona Sul de Teresina, em 2024.
De acordo com as investigações, o crime ocorreu após um desentendimento envolvendo um policial militar do Maranhão e outra pessoa que estava na loja de conveniência do estabelecimento.
O delegado titular da 4ª Delegacia Seccional de Teresina, Leonardo Alexandre, informou que o suspeito utilizou a arma do policial para atirar contra a vítima, que sofreu múltiplas lesões e precisou passar por cirurgia no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
“A dupla citada se envolveu em uma discussão com outra pessoa, a vítima, por motivo fútil. Em razão disso, o investigado sacou a pistola que estava na cintura do policial militar e efetuou diversos disparos. Os tiros causaram múltiplas lesões na vítima, que foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao HUT, onde passou por cirurgias. Toda a ação criminosa foi registrada por câmeras de segurança do local”, disse o delegado.
Tanto o policial quanto o autor dos disparos foram denunciados pelo Ministério Público do Piauí e estão sendo processados por tentativa de homicídio na Justiça estadual.
Outro lado
O advogado de C.D.S., Leonardo Queiroz, contesta a versão da polícia. Segundo ele, o suspeito era funcionário do policial militar dono da arma e o caso ocorreu após o expediente de trabalho, quando ambos ingeriram bebida alcoólica.
Ainda de acordo com a defesa, o suspeito teria sido induzido pelo policial a cometer o ato, aproveitando-se de sua vulnerabilidade.
“Teve uma pequena discussão entre esse policial e algumas pessoas dentro da loja de conveniência e, já fora desse ambiente, na parte externa do posto, o C.D.S, embriagado, foi utilizado como instrumento do crime. O policial militar que entregou a arma para ele e o induziu a uma situação de erro, levando ele a agir em legítima defesa. Foi induzido ao erro porque estaria prestes a sofrer um atentado e, daquela forma, agiu na impulsividade”, argumentou.