Gustavo Henrique Alves Pereira, 22 anos, sobreviveu a uma tentativa de homicídio em Assunção do Piauí e revelou detalhes do ataque. Em um vídeo gravado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde espera por cirurgia, ele desabafou sobre a agressão sofrida por um amigo de longa data.
“Considerava ele como um irmão”
Deitado em uma cama de hospital, com a cabeça enfaixada, Gustavo relatou o choque ao ser atacado por alguém que conhecia há mais de sete anos.
“Me encontro nessa situação, sem entender o que aconteceu de verdade. Uma pessoa que era considerada quase como irmão para mim, fez isso comigo. Ele simplesmente estava num momento de boa comigo, a gente marcava vários rolês, várias coisas”, disse.
No sábado (22), Gledson chamou Gustavo para um passeio próximo ao ponto turístico da cidade. Sem explicação, o suspeito o empurrou de um rochedo. Ferido e sem movimento nas pernas, Gustavo diz ter tentado entender a situação.
“No começo, ele desceu para onde eu estava, falando que foi sem querer, mas depois ele foi mostrando um olhar diferente e disse que a vontade dele era tirar minha vida”, contou.
Tentativa de assassinato
Gledson também tentou sufocar Gustavo com o cordão do short, mas o tecido arrebentou. Sem sucesso, o agressor teria pegado um pedaço de pau e passou a golpeá-lo.
“Ele me deu seis pauladas, toda vez que ele batia eu perguntava se ainda tava vivo. Na quinta paulada eu percebi que não ia resolver. Quando levei a sexta, fiquei quieto, fingindo morto, e pedi a Deus uma segunda oportunidade”, detalhou.
Após achar que Gustavo estava sem vida, o agressor abandonou a vítima no local. “Ele foi embora, me deixou sozinho. Dormi no mato, todo arranhado. E consegui me alimentar somente com uma planta, consegui sugar um pouco de água que tinha nela e me motivei até a hora que o meu resgate”, explicou.
Pai da vítima se revolta
O pai de Gustavo, Djaci Alves, também comentou o caso e demonstrou sua revolta com a frieza do agressor. “Não só a família, mas toda a cidade está indignada com tamanha crueldade”.
“Ele quis ocultar o crime a ponto de ir jogar bola numa quadra próxima da minha casa, enquanto meu filho ficou de quatro horas da tarde até sete horas do dia seguinte, fingindo-se de morto para que o criminoso deixasse o local”, acrescentou o pai.
Investigação
A polícia foi acionada no de domingo (23) e encontrou Gustavo consciente, resgatado por parentes e populares. A guarnição recolheu pertences da vítima no local, mas o celular, que poderia conter provas contra o agressor, não foi encontrado.
O caso foi encaminhado à Delegacia de São Miguel do Tapuio, onde serão tomadas as providências cabíveis. O espaço está aberto para defesa do suposto autor do crime.
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