UFPI seleciona intérprete para aluna surda que contou com vaquinha para pagar profissional

Pró-reitor de Assuntos Estudantis e Comunitários explicou que a UFPI vai realizar contratos temporários para a contratação de profissionais.

Estudante Ana Beatryz, do curso de Arquitetura e Urbanismo (Foto: TV Clube)

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) anunciou que está tomando medidas para auxiliar a estudante Ana Beatriz Aragão, 20 anos, do curso de Arquitetura e Urbanismo. A jovem denunciou que ainda não conseguiu um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) desde que ingressou na instituição. Diante da falta de acessibilidade, seus colegas se mobilizaram e contrataram, por conta própria, um profissional.

Em entrevista à TV Clube, o Pró-reitor de Assuntos Estudantis e Comunitários (PRAEC), Emídio Matos, explicou que a universidade vai realizar contratos temporários para a contratação de profissionais.

“Resolvemos fazer uma contratação, por meio de um processo seletivo temporário. Os primeiros selecionados declinaram, mas ontem uma selecionada aceitou a vaga e o processo de contratação está em andamento. A Fundação de Amparo à Pesquisa também lançou edital para a contratação de mais dois intérpretes de Libras”, pontuou.

Ainda conforme o pró-reitor, a UFPI tem dialogado com diferentes instituições públicas, inclusive com o Ministério da Educação, no entanto, não obtiveram retorno.

Segundo Emídio, ainda antes do período letivo iniciar, a Administração Superior da UFPI já tinha tomado conhecimento do caso da estudante.

“Antes das aulas começarem, nós tomamos conhecimento dessa demanda e começamos uma movimentação no sentido de encontrar soluções. A UFPI está impedida de realizar concurso público para intérprete de Libras, decisão do governo anterior, mas essa demanda só aumenta. Então nós fizemos reuniões com as coordenações dos cursos de arquitetura e letras libras, além da família da estudante que, a cada novo passo, estão sabendo tudo que acontece”, comentou.

Curso de Libras diz que não consegue atender a demanda

Atualmente, a instituição conta com oito funcionários no quadro de intérpretes de Libras, sendo sete substitutos e apenas um efetivo. Diante da situação, os alunos do curso organizaram uma vaquinha on-line para contratar um profissional que possa auxiliar Ana Beatriz Aragão. No entanto, eles afirmam que o custo do serviço é elevado.

Coordenador do curso de Libras da UFPI, Clévis Lima (Foto: TV Clube)

O coordenador do curso de Libras da UFPI, Clévis Lima, afirmou que o principal problema enfrentado é a falta de intérpretes.

“Nossos profissionais não conseguem atender à demanda da Universidade. Hoje, o número de intérpretes é muito pequeno, pois precisamos atender tanto o curso de Libras quanto a instituição como um todo. Quando há eventos, as coordenações e reitorias fazem solicitações, mas não conseguimos suprir todas”, explicou.

 

 

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