
O líder de uma organização criminosa, que criava perfis falsos com fotos de mulheres para extorquir vítimas e não divulgar imagens íntimas delas, usava a conta bancária da avó sem que ela soubesse. A informação foi confirmada pelo delegado Humberto Mácola, coordenador da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI).
“Ele criava perfis falsos de mulheres, atraía vítimas, homens, para conversar. A partir dessa conversa, as vítimas acreditavam que estavam falando com mulheres, e ele começava a ter um relacionamento ali, cibernético. Passava-se para a rede social WhatsApp, ali ele conseguia convencer essas vítimas a compartilhar imagens íntimas e a partir daí começava o terror”, relatou o delegado.
Usava conta da vó
O suspeito, identificado apenas como Gustavo, está foragido. Em entrevista à TV Clube, o delegado revelou que a avó de Gustavo havia pedido a ele que criasse uma conta bancária para que ela pudesse vender dindin. No entanto, segundo seu depoimento à polícia, ela desconhecia o esquema criminoso.
A irmã, o primo e a avó de Gustavo foram presos. De acordo com o delegado, apenas a avó não fazia parte da quadrilha. O grupo extorquiu R$ 80 mil de uma única vítima no Piauí, mas as investigações indicam que há vítimas em outros estados.
O delegado informou ainda que o mandado de prisão temporária contra Gustavo será convertido em prisão preventiva. As investigações seguem em andamento pela Polícia Civil do Piauí (PCPI).
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