Homicídio: frentista não tinha ficha criminal e correu após reconhecer atiradores

Fernando da Paz foi morto a tiros, na terça-feira (15), em um poste de combustíveis na Santa Maria da Codipi

Fernando da Paz Araújo (Foto: Arquivo)

Mayrla Torres e Alysson Camurça
mayrlatorres@tvclube.com.br

O frentista Fernando da Paz Araújo, 36 anos, foi morto a tiros, na terça-feira (15), na região da Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina. Conforme o delegado Robert Lavor, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação, a vítima não tinha antecedentes criminais e tentou fugir dos disparos de fogo ao reconhecer os atiradores.

Imagens de câmeras de segurança (veja no final da matéria) mostram o momento em que dois homens chegam em uma motocicleta ao posto de combustíveis onde Fernando trabalhava.

Fernando atendia um cliente quando percebeu a aproximação dos suspeitos. “Ele reconhece os autores e logo corre para uma rua lateral. Em seguida, é atingido pelos disparos e vai a óbito no local”, informou o delegado.

Fernando morava no bairro Cidade Jardim, na zona Leste de Teresina, e atuava como frentista na zona Norte há alguns meses. Segundo o delegado, a vítima relatou à família que recebeu ameaças de morte, mas não revelou quem o ameaçava nem o motivo.

“Ele não tinha antecedentes criminais, não respondia a nenhum inquérito policial. Há relatos de que ano passado ele tenha sofrido uma tentativa de homicídio, porém ele não fez nenhum tipo de boletim de ocorrência”, acrescentou.

Conforme o delegado, após o crime, vídeos passaram a circular nas redes sociais, com grupos criminosos comemorando a execução. “Eles pegaram o vídeo da ocorrência e intitulam como se fosse a facção que teria ordenado”, disse.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso e busca entender o perfil psicossocial da vítima para identificar possíveis motivações. “Vamos aprofundar a análise sobre com quem ele andava e o que fazia fora do horário de trabalho”, afirmou o delegado.

O delegado pede que informações sobre os suspeitos sejam repassadas por meio de denúncia anônima, pelo número 190 ou diretamente com o DHPP.

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