6 de julho de 2025

Caso de adolescente encontrada morta com sinais de violência é arquivado

O arquivamento foi deferido pelo Ministério Público do Piauí, porém, o caso pode ser reaberto com o surgimento de novas evidências.

Alysson Camurça

Repórter
Publicado em 19/05/2025 12:33

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Conceição Vidal, mãe de Maria Rita (Foto: Antônio Fernandes/Portal Clubenews)

O caso envolvendo a morte de Maria Rita de Cassia dos Santos e Silva, foi arquivado após conclusão do prazo do inquérito policial. Ela foi encontrada morta em uma área de descarte irregular de lixo com sinais de violência.

A adolescente ficou desaparecida por 19 dias, e seu corpo foi encontrado no dia 8 de agosto de 2024, em uma região de mata no Parque Sol, na zona Sudeste de Teresina.

Segundo a família, Maria Rita saiu de casa na noite do dia 21 de julho de 2024, por volta das 22h, com um vestido preto e sem o celular. A mãe dormia quando ela deixou a residência sem informar para onde iria e com quem iria se encontrar.

No dia do sepultamento, a mãe de Maria Rita, Conceição Vidal, revelou que o laudo do IML apontou que a jovem foi morta por estrangulamento.

Maria Rita de Cassia dos Santos e Silva (Foto: arquivo pessoal)

A delegada Nathália Figueiredo, responsável pela investigação, conta que foi um caso muito complexo e negou descaso policial.

“O caso da Maria Rita, desde o início, foi muito complexo. Iniciou-se numa situação de desaparecimento, e somente dias depois, o corpo foi encontrado. Então isso, num contexto de investigação de homicídio, prejudica porque a gente perdeu muito tempo. Mas foi realizado toda a diligência possível, de maneira alguma houve desídia por parte da polícia”, explicou.

Por Maria Rita ter sido encontrada em um local onde é descartado lixo, a perícia do caso ficou prejudicada. Além disso, não havia câmeras na localidade.

“O local, em termos de perícia, é um local prejudicado porque ali se trata de um lixão. Então quando você vai analisar material genética, acaba que o lixão traz prejuízo porque há muita mistura de material, e pode até ser que o objeto apreendido não tenha relação com o caso, mas, de todo modo, nós tivemos todo esse perfil de análise”, ressaltou Nathália.

O corpo foi encontrado em uma região de matagal – Vítima, Maria Rita de Cassia dos Santos e Silva, de 14 anos (Foto: Antônio Fernandes/ TV Clube)

Foi realizado a coleta do perfil genético do autor, com base nas evidências conseguidas no corpo da vítima e nos objetos apreendidos. Todos os suspeitos levantados pela investigação, foram submetidos a exames, nos quais apresentou incompatibilidade com o perfil genético apresentado.

“Nós não podemos agir com irresponsabilidade e indiciar pessoas que uma prova material refutou. Através de DNA, não foi comprovado que aquela pessoa teve contato com a Maria Rita”, contou a delegada Nathália Figueiredo.

O arquivamento foi deferido pelo Ministério Público do Piauí, porém, o caso pode ser reaberto com o surgimento de novas evidências.

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