
O prefeito Silvio Mendes (União Brasil) atribuiu o rombo de mais de R$ 3 bilhões nos cofres públicos municipais a gestões passadas da Prefeitura de Teresina. O valor, segundo o gestor, seria o acumulado de dívidas após a sua segunda passagem pelo Palácio da Cidade, em 2010.
Silvio Mendes foi eleito em 2008 para o segundo mandato de prefeito e renunciou dois anos depois para disputar o Governo do Piauí. O vice-prefeito da época, Elmano Férrer (Progressistas), exerceu a função de prefeito até 2012.
Entre 2013 e 2020, o prefeito da capital piauiense foi Firmino Filho (PSDB). Em seguida, a cidade foi chefiada por Dr. Pessoa (PRD) no período de 2021 a 2024. “Vamos ser justos. Essa dívida inteira não se refere apenas à gestão Pessoa. Tem coisa mais antiga. Vamos colocar as coisas no lugar”, afirmou Silvio Mendes.
“Quando eu deixei a Prefeitura, eu saí sem dever nenhum empréstimo, paguei todos os precatórios e hoje a gente paga milhões em precatório. Em terceiro, deixei R$ 150 milhões para o Elmano investir na cidade. Vocês lembram disso? Eu disse no dia da minha despedida e saí pela porta da frente”, completou o prefeito.
Para renegociar parte do déficit financeiro da Prefeitura, Silvio Mendes viaja a Brasília (DF) na terça-feira (20). Na capital federal, o prefeito vai se reuniu com representes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil em busca de solucionar as dívidas de empréstimo, que somam R$ 1,3 bilhão.
“O serviço da dívida de empréstimos bancários custa à Prefeitura cerca de R$ 32 milhões por mês. É mais de R$ 1 milhão por dia. Eu vou conversar com os dirigentes dessas duas instituições. Só ao Banco do Brasil são mais de R$ 600 milhões a um custo acima do valor de mercado”, pontuou.
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