Os guardas municipais de Teresina denunciaram uma série de irregularidades que comprometem a legalidade das atividades da corporação. Uma mobilização foi aprovada em assembleia realizada na terça-feira (20).
Em documento enviado à Secretaria Municipal de Segurança Pública e à Prefeitura de Teresina, a categoria cobra providências imediatas da gestão para a regularização das condições de trabalho.
Entre os principais pontos levantados estão:
– Atraso de cinco meses no pagamento dos adicionais de risco de vida e hierarquia;
– Utilização de viaturas descaracterizadas, sem sinalização luminosa e sonora;
– Veículos com documentação vencida;
– Falta de curso obrigatório de requalificação para agentes que portam arma de fogo;
– Uso de munições vencidas;
– Emprego de celulares pessoais durante o serviço, por falta de equipamentos institucionais.
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), as denúncias foram encaminhadas ao poder público como alerta sobre a gravidade das falhas operacionais.
O coordenador do sindicato, Francisco Sinésio, afirma que a situação atual expõe os profissionais a riscos jurídicos, físicos e funcionais, além de comprometer a eficiência do serviço prestado à população.
Ainda segundo o sindicato, o vice-prefeito Jeová Alencar foi informado das reivindicações em reunião realizada no último domingo (19) e se comprometeu a apresentar as demandas ao prefeito Silvio Mendes (UB).
Secretaria rebate parte das denúncias
O secretário municipal de Segurança Pública, Wagner Torres, explicou que os adicionais de risco de vida e hierarquia foram reajustados em 2023, mas os pagamentos foram divididos em parcelas. Segundo ele, a Prefeitura enfrenta dificuldades financeiras e, por isso, não conseguiu efetuar a parcela referente a 2025.
“Com esse diagnóstico feito, a Prefeitura vai ter condições e respaldo para fazer uma programação. Não apenas para a Guarda Municipal, mas para outras categorias. Todo dia tem uma categoria reivindicando alguma coisa. A partir desse diagnóstico é que vamos ter condição de dizer a data que será pago os valores”, declarou.
Sobre a denúncia do uso de munições e coletes vencidos, Wagner Torres negou a informação. Ele disse que os equipamentos foram adquiridos em 2022 e 2023, e que os coletes têm validade de seis anos, enquanto as munições duram até dez anos.
O gestor acrescentou que uma licitação emergencial foi realizada recentemente para garantir a locação de viaturas novas ou seminovas para a Guarda Municipal.