O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), manifestou posição favorável à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa investigar o rombo de R$ 3 bilhões nas contas da Prefeitura. A CPI, programada para ser composta na quarta-feira (28), foi adiada para iniciar na próxima semana.
A Comissão é um movimento de parte dos vereadores da Câmara de Teresina para aprofundar as discussões acerca do déficit orçamentário do Município. Entretanto, a sessão ordinária que marcaria o início das atividades investigativas foi cancelada por falta de quórum. Dos 29 vereadores, apenas quatro estiveram presentes.
Apesar da articulação da Prefeitura para tentar localizar os responsáveis pelo déficit financeiro, Silvio Mendes disse que a CPI não poderá ser utilizada como “palanque político”.
“A CPI, se for bem usada e bem conduzida, terá resultado. Se for apenas um palanque político, é melhor não fazer. Mas eu acho que deve apurar sim. O que está errado é da conta de todos nós”, declarou.
Processos em análise
O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) encaminhou à Procuradoria Geral do Município (PGM) de Teresina um conjunto de 247 processos analisados entre 2019 e 2024.
Desses, 65 foram destacados como especialmente relevantes para a atual gestão municipal por conterem recomendações ou determinações com impacto direto na administração pública, mesmo quando os acórdãos não apontam medidas obrigatórias.
“Os processos encaminhados pelo Tribunal de Contas devem ser apurados. Temos que punir quem desviou dinheiro público. Isso é crime e não pode ter impunidade. Cabe o encaminhamento do Tribunal de Contas e será encaminhado também para providências na Câmara”, afirmou Silvio.
LEIA TAMBÉM:
Câmara tem sessão de apenas 15 segundos e adia instalação da CPI do rombo bilionário da Prefeitura
Câmara tem assinaturas necessárias para instalar CPI e investigar rombo de R$ 3 bilhões
