Estudantes de Pedro II, no Norte do Piauí criaram um protótipo de aplicativo que oferece apoio pedagógico a alunos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), autismo e dislexia. A inovação, que une tecnologia e inclusão, rendeu aos jovens a medalha de ouro na 4ª Olimpíada Brasileira de Tecnologia.
Os inventores da ferramenta estudam na escola estadual de tempo integral CETI Professora Angelina Mendes Braga. A ideia surgiu a partir de uma aula em que o professor usou a abordagem da gamificação, em que são utilizados jogos em atividades educativas.
De acordo com a estudante Dalila Andrade, com a iniciativa, a turma percebeu a melhora no desempenho de um colega neurodivergente. “Isso nos despertou sobre a importância de adaptarmos o ensino para esses estudantes”, comentou.
Segundo o professor Cleber Araújo, que acompanha os alunos no projeto, para chegar até a medalha, foi necessários que os alunos passassem por três fases. Apesar da concorrência com cerca de mil 10 mil estudantes de todo o país, a turma estava confiante na vitória.
“A primeira foi uma prova subjetiva. A segunda fase foi a produção de um vídeo para relatar um problema da escola, e a gente tratou desse problema, que é a falta de atividades adaptativas para alunos neurodivergentes. A teceira fase foi a produção de um protótipo”, explicou.
Com a vitória na competição, os estudantes se preparam agora para representar o Piauí na Semana Escola Avançada de Tecnologia (EAT), que acontecerá entre os dias 19 e 22 de julho em São José dos Campos-SP.