8 de junho de 2025

Vozes do Orgulho: a importância do mês de junho na comunidade LGBTQIAPN+

A série Vozes do Orgulho, tem o objetivo de discutir temas importantes que incluem o combate ao preconceito, direitos conquistados e saúde.

Pedro Pires

Repórter
Publicado há 6 horas

Compartilhe:

Bandeira arco-íris (Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil)

No mês de junho é celebrado o Orgulho LGBTQIAPN+, em referência às pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgênero, queer, intersexo, assexuais e aos membros da comunidade. Em alusão a essa data, a ClubeNews FM deu início à série Vozes do Orgulho, com o objetivo de discutir temas importantes que incluem o combate ao preconceito, direitos conquistados e saúde.

No primeiro episódio, foram entrevistados Vitor Kozlowski, gerente de Enfrentamento à LGBTfobia da Secretaria de Assistência Social do Piauí, e a assistente social e mestre em Políticas Públicas, Luara Dias. Os profissionais ressaltaram a importância do mês do orgulho para discutir temas voltados ao cotidiano da população LGBTQIAPN+.

Luara Dias e Vitor Kozlowski (Foto: Pablo Rodrigues)

Segundo a professora Luara Dias, o mês vem para reforçar que as pessoas LGBTQIAPN+ possam ocupar espaços em todos os lugares da sociedade.

“Temos espaços que podemos trazer nossas pautas e mostrar que existimos. Eu gosto de falar que sou assistente social e professora, para as pessoas entenderem que pessoas LGBT são pessoas que estão ali no cotidiano. Às vezes, as pessoas agem que somos pessoas que não ocupam espaços. Nossa capacidade técnica de assumir locais, cargos e espaços de poder é sempre questionada. Falta representação na Câmara de Vereadores de Teresina, por exemplo”, explicou.

Conforme o gerente Vitor Kozlowski, o combate a violência entre a população continua sendo um tema necessário para ser discutido. Apesar disso, algumas conquistas merecem ser celebradas neste mês.

“As mortes na população LGBT são violentas, envolvem ódio e nós somos um alvo. Por isso eu bato nessa tecla de combate a violência, porque quanto mais nós somos visíveis, maior fica esse alvo nas nossas costas. No entanto, também temos o que comemorar, conquistas, é um mês para celebrarmos. Tem algumas pessoas que dizem que não discriminam e lidam bem com minha existência. Mas eu quero existir com casa, trabalho, educação e isso passa por representantes que precisamos ter em espaços como o legislativo”, explicou.

(Foto: reprodução)

Brasil registrou aumento em mortes de pessoas LGBTQIAPN+

Dados do Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB) apontam que, em 2024, o Brasil registrou a morte de 291 pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. O número representa um crescimento de 13,2% com relação aos números do ano anterior.

O Nordeste do Brasil registrou o maior número de casos, com 99 vítimas. No Piauí foram seis mortes em 2024. No levantamento, foram computados homicídios, latrocínios, suicídios e outras causas.

Leia também: