
Quatro pessoas ligadas à facção criminosa foram presas, na quarta-feira (11), nas cidades de Penha e Navegantes, em Santa Catarina. As prisões ocorreram em razão de flagrantes e ordens judiciais referentes aos assassinatos de servidores públicos no Ceará e homicídios no Piauí.
As capturas dos foragidos ocorreram em operação integrada entre a Polícia Militar de Santa Catarina e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Estado do Piauí (FICCO/PI).
Os presos identificados pelas iniciais R.F.S., A.B.A.S., P.H.M.S. e R.V.S. são oriundos do Ceará, com atuação em territórios estratégicos no Piauí, Ceará e Maranhão.
R.F.S. e A.B.A.S. estavam com mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça do Piauí, por crimes como homicídio qualificado, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Já P.H.M.S. e R.V.S. foram presos em flagrante durante a operação, diante das evidências encontradas no momento das abordagens, como documentos, celulares e substâncias ilícitas.
Líderes presos
De acordo com a Polícia Militar, R.F.S. e A.B.A.S. são apontados como duas das principais lideranças do Comando Vermelho no Nordeste, com envolvimento direto na coordenação de crimes violentos e na estruturação logística da facção. P.H.M.S. e R.V.S. atuavam como facilitadores, sendo responsáveis por executar tarefas operacionais e manter os líderes em situação de reclusão e mobilidade discreta.
Assassinatos de servidores públicos no Ceará
As prisões estão inseridas em uma linha de investigação mais ampla, que apura o envolvimento da organização criminosa em homicídios praticados contra servidores públicos no Ceará, incluindo o assassinato do analista do Tribunal de Justiça Haroldo Ximenes Júnior, no município de Granja, e do policial civil Glicélio Félix de Almeida.
Ambos os crimes tiveram grande repercussão e são atribuídos à atuação de membros da facção. A organização tem sido alvo de forte repressão por parte das forças integradas de segurança, tanto pelo envolvimento nesses crimes quanto por diversos homicídios cometidos no Piauí, que, segundo autoridades, teriam sido ordenados diretamente por lideranças da facção.
Fontes ligadas ao caso indicam que outras prisões já foram realizadas anteriormente em decorrência desses mesmos fatos, como parte de um esforço conjunto para desarticular a facção em sua base regional.
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