17 de outubro de 2025

Prefeitura e empresa devem indenizar família de adolescente morto por trator, diz Conselho

David Kauan, de 12 anos, morreu atropelado por trator enquanto dormia em aterro sanitário de Teresina. Ele trabalhava como catador de recicláveis.
Repórter
Publicado em 25/06/2025 12:54

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David Kauan morreu atropelado por um trator enquanto dormia no aterro sanitário (Foto: divulgação)

A Prefeitura de Teresina e a empresa que opera o aterro sanitário do bairro Dagmar Mazza, na zona Sul da capital, devem ser responsabilizadas a indenizar a família do adolescente David Kauan Silva da Costa, 12 anos, morto no domingo (22) após ser atropelado por um trator de esteira.

A avaliação é do presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Djan Moreira.

David Kauan dormia próximo a sacos de material reciclável quando foi atingido pelo veículo que operava no local.

O menino estava no local colhendo material reciclável e, segundo o Conselho, o caso expõe falhas graves na rede de proteção à infância e violações de direitos fundamentais.

“A prefeitura e a empresa têm que indenizar a família. Tem que haver responsabilização. Nós deliberamos também por uma reunião ampliada com a rede de proteção no território onde o adolescente perdeu a vida e teve seus sonhos interrompidos”, afirmou Djan.

Conselho cobra medidas e investigação

O CMDCA anunciou que vai solicitar informações à Prefeitura de Teresina e a diversos órgãos da gestão municipal sobre o acompanhamento da família e ações de prevenção ao trabalho infantil no território onde o fato ocorreu e em toda a cidade.

Além disso, o Conselho pediu à Secretaria de Segurança Pública uma investigação para apurar a conduta do tratorista que dirigia o veículo. Há a suspeita de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) por possível negligência ou imperícia, comenta Djan.

“Estamos diante da morte de um adolescente. É dever da família, da sociedade e do poder público garantir todos os direitos das crianças e adolescentes — inclusive o direito à vida, que não foi respeitado nesse caso”, disse.


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