A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (25), a derrubada de dois projetos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aumentam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O placar foi de 383 votos a favor de derrubar o projeto contra 98 contrários.

Dos 10 parlamentares do Piauí, três faltaram à votação. Quatro deputados filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) votaram contra, representando 40% da bancada piauiense. Os dois deputados do Progressistas e um do Republicanos foram a favor da derrubada e representam 30% dos representantes do estado.

O IOF é um imposto que o governo cobra sobre algumas transações financeiras que as pessoas e empresas fazem no dia a dia, como pegar um empréstimo, comprar moeda estrangeira ou fazer certos tipos de investimentos em seguros.

Após aprovação na Câmara, o texto foi encaminhado para a análise do Senado Federal.

Dentre os parlamentares piauienses, votaram contra a derrubada os deputados federais Francisco Costa (PT), Flávio Nogueira (PT), Florentino Neto (PT) e Merlong Solano (PT). Os deputados Castro Neto (PSD), Júlio César (PSD) e Marcos Aurélio Sampaio (PSD) foram ausências na votação.

O líder da bancada do Piauí no Congresso Nacional, Merlong Solano (PT), criticou a postura da Câmara em relação à queda do decreto do presidente. Na avaliação do deputado, a proposta provocaria justiça social com a população menos favorecida.

“O decreto do presidente Lula fez alguns ajustes no Imposto sobre Operações Financeiras, para evitar novos contingenciamentos no Orçamento. Quando se contingencia, reduz os recursos dos programas governamentais em todas áreas, portanto, prejudica as pessoas que precisam de mais políticas públicas”, disse Merlong.

Somente três deputados do Piauí foram favoráveis à derrubada do decreto. O deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas) enfatizou que tentar solucionar problemas sociais “sem corte de gastos não é a solução”.

“O Governo Federal propôs aumentar o IOF. Votei contra e vencemos por 383×98. Barramos um imposto que encarecia cartão, empréstimos e câmbio, reduziria o consumo e afastaria investimentos. Mais tributos sem corte de gastos não é a solução”, pontuou.

Fonte: com informações do g1.