
Com o fim do período chuvoso e a chegada da época mais quente do ano, os potós começam a aparecer com mais frequência. Esses besouros da família Staphylinidae, embora pequenos, podem causar queimaduras de até segundo grau.
Popularmente, fala-se que as queimaduras são causadas pela urina do potó. Contudo, a substância que provoca lesões, que se assemelham a uma queimadura por fogo ou produto químico, é composta de toxinas presentes no sangue do besouro (chamada de hemolinfa).
Essa substância é liberada pelo inseto quando ele é esmagado contra a pele e a gravidade das lesões pode depender de alguns fatores, como a quantidade da substância e sensibilidade da pele da pessoa.

A empreendedora Neide Moraes relatou ter sofrido uma grave queimadura de potó em seu pescoço, que ficou coberto por bolhas, durante a noite, enquanto dormia.
“Na hora que eu fui dormir, não vi, não observei no travesseiro e nas cobertas da cama, e aí ele [potó] acabou pegando no meu pescoço. Dois dias depois, eu comecei a sentir ardência e eu percebi que tinha sido premiada por eles. Aí foi só aquela sensação muito ruim de queimadura, porque foi num local muito ruim também, para dormir, para o cabelo”, disse.
Prevenção
A substituição de lâmpadas brancas por amarelas é recomendada, já que as amarelas atraem uma quantidade menor de insetos.
Um cuidado básico a ser tomado é olhar a cama e o sofá antes de se deitar. Porém, caso você suspeitar que foi lesionado pelo animal, as medidas iniciais para tratar as lesões são lavar o ferimento com água e sabão e posteriormente fazer o uso de uma compressa com água fria no local.
Importância do tratamento
As lesões e queimaduras causadas pelo inseto, caso não tratadas adequadamente, podem resultar em infecções bacterianas, conforme o biólogo Marcelo Ventura.
“Essas lesões são de nível de queimaduras de primeiro e segundo grau. Podendo atingir não só a epiderme, que é a parte externa da pele, como também a derme. E com isso, abrir caminho para infecções bacterianas”, alertou.
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