26 de agosto de 2025

Escolher a si mesmo não é egoísmo — é autenticidade

Kyslley Urtiga

Psicóloga
Publicado em 01/07/2025 07:00

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Escolha a si mesmo (Foto: Freepik)

Você já se pegou fazendo tudo por todos, mas deixando suas próprias necessidades para depois? Se sim, saiba que isso é mais comum do que parece. Movidos por boas intenções, muitas vezes ultrapassamos nossos próprios limites sem perceber — e acabamos exaustos, vazios, desconectados de nós mesmos.

É essencial lembrar que sua energia é um recurso limitado. Diariamente e ao longo da vida, você tem uma reserva finita para investir. Por isso, é tão importante que ela seja direcionada a ações coerentes com quem você é, decisões alinhadas aos seus valores e experiências que nutram sua verdade interior.

As pessoas que realmente o amam e se preocupam com você não vão exigir que você se anule. Elas não pedirão que você se coloque em segundo plano. Elas entenderão que se priorizar é um sinal de maturidade e equilíbrio — não de egoísmo.

Respeitar suas próprias necessidades traz recompensas profundas. Quando você estabelece limites saudáveis e aprende a dizer “não” sem culpa, abre espaço para novas oportunidades. A vida começa a refletir autenticidade. A energia que você oferece aos outros passa a vir de um lugar de inteireza — e não de sobrecarga. Seu trabalho, suas relações e até os momentos de descanso tornam-se fontes de realização e gratidão.

E o universo responde. Há algo harmonioso em viver em sintonia com o que é verdadeiro. Conexões se aprofundam. Relacionamentos se tornam mais genuínos. Porque quando você se cuida, você se apresenta ao mundo com mais presença, mais amor, mais inteireza.

Fomos ensinados a cuidar dos outros, a sermos generosos, a praticar o bem. Mas raramente nos disseram que esses mesmos gestos devem ser aplicados, primeiro, a nós mesmos. O resultado? Um exército de pessoas esgotadas, tentando dar o que não têm.

Quando você oferece energia sem tê-la, acaba colhendo frustração, raiva, ressentimento. E mesmo os relacionamentos mais promissores podem ser afetados. Afinal, não se pode alimentar ninguém com um copo vazio.

Alguns podem interpretar sua escolha por si mesmo como egoísmo. Mas, na verdade, priorizar-se é um compromisso com sua saúde, seu bem-estar e sua integridade emocional. Só conseguimos cuidar verdadeiramente do outro quando já cuidamos de nós.

Vivemos em uma cultura que romantiza o sacrifício como sinal de amor. Mas esse modelo, ao invés de libertador, é exaustivo. Ele não conduz à realização, tampouco ao bem coletivo. Amor verdadeiro não exige anulação — ele floresce no equilíbrio.

Lembre-se de algum momento em que você disse com convicção: “Desta vez, vou fazer o que eu quero.” Provavelmente, sentiu-se vivo, empoderado. Escolher a si mesmo pode significar dizer “não”, perseguir sonhos ousados e parar de viver apenas para agradar. Isso é liberdade. Isso é autenticidade.

Portanto, guarde esta verdade: sua energia é valiosa e limitada. Use-a com sabedoria. Alinhe sua vida à sua essência. E não se desculpe por isso. Quem realmente importa vai entender — e permanecer.


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